Piscinas naturais em Alagoas: Maragogi x Paripueira

As piscinas naturais de Maragogi são a maior atração turística de Alagoas. E as de Paripueira são as grandes piscinas naturais mais próximas de Maceió.

Nos dois destinos, a visitação às piscinas têm várias características em comum.

As agências de receptivo em Maceió vendem apenas o traslado; o passeio é pago no local. Já os operadores dos catamarãs têm um esqueminha azeitado para aproveitar ao máximo a permanência nas piscinas. Durante o trajeto entre a praia e o local de mergulho, vários extras são oferecidos: snorkel para alugar (indispensável para ver os peixinhos; alugue), fotografia sub-aquática (uma dúzia de fotos suas debaixo d’água, editadas num DVD com fotos e vídeos dos corais) e até flutuação guiada com cilindro.

Ao chegar, os fotógrafos oficiais de cada catamarã já ocupam os pontos mais cristalinos junto aos corais para clicar quem comprou o pacote de fotos. O pessoal do mergulho de cilindro vai para outro ponto. Quem não comprou nenhum extra pode escolher entre tomar banho nas piscinas de água cristalina ou nadar sobre os recifes para ver os peixinhos e os corais. Não é permitido caminhar sobre os corais nem alimentar os peixes.

Agora veja as diferenças e peculiaridades de cada passeio.

Maragogi

Distância de Maceió: 130 km. A viagem é feita por uma estrada que é lenta nos primeiros 40 km e com muitas curvas no trecho de planalto, quando a estrada se afasta do litoral. O percurso leva entre duas horas e duas horas e meia, tanto na ida quanto na volta.

Preço: o passeio de catamarã custa R$ 65 por pessoa; de lancha, R$ 75.  O traslado em ônibus desde Maceió custa R$ 65 (ida e volta). O almoço não está incluído.(Preços de 2014)

De onde saem os passeios: os hóspedes dos resorts da região, o Salinas do Maragogi e o Gran Oca Maragogi, saem dos próprios resorts. Os ônibus das agências que trabalham para a CVC normalmente levam para o Pontal do Maragogi, que fica na (linda) praia do Burgalhau, ao norte da vila. O operador mais tradicional é o restaurante Frutos do Mar, que agora tem uma filial à beira da estrada, antes de chegar à vila, voltada apenas para os passeios. Da beira-mar de Maragogi saem os passeios dos restaurantes Corais de Maragogi e O Marujo.

Para onde vão os passeios: aqui está a pegadinha. Nem todos os passeios vão às Galés, as maiores piscinas naturais do Nordeste, e as mais famosas de Maragogi. Desde 2010, há um número-limite de visitantes por dia (algo absolutamente necessário para preservar minimamente os corais). Desde então, foram abertas duas outras áreas de corais para visitação: as piscinas naturais de Barra Grande, ao norte das Galés, e as piscinas naturais de Taocas, ligeiramente ao sul das Galés.

São piscinas tão bonitas quanto as Galés — apenas um pouco menores. Existe um rodízio entre os operadores: nenhum leva todos os dias às Galés. Só que dificilmente vão lhe dar a informação, seja em Maceió, seja ao chegar, de quais piscinas naturais são o destino do seu passeio. As fotos que você vê neste post são de Taocas; se eu não tivesse perguntado ao chegar, ninguém teria me dito…

Permanência nas piscinas: os catamarãs levam entre 20 e 30 minutos para chegar às piscinas naturais. A permanência na área dos corais é de 1h30. Você volta obrigatoriamente no mesmo barco que te levou.

Aproveitamento da maré baixa: quem tem a certeza do melhor aproveitamento é quem já está em Maragogi e sai nos catamarãs dos resorts ou em lanchas. Esses podem sair sempre no horário mais proveitoso para pegar a maré baixa — que varia 45 minutos a cada dia, e ocorre pela manhã durante as luas cheia e nova (as mais propícias para o passeio, já que proporcionam as marés mais rasas). Os catamarãs que saem dos restaurantes precisam esperar o pessoal que vem de Maceió ou Porto de Galinhas para lotar os barcos e podem perder um tempo precioso nos dias em que a maré baixa ocorra mais cedo.

Minha opinião: é um passeio que vale a pena para quem está hospedado em Maragogi. Se você está em Maceió, as piscinas naturais de Paripueira são mais aproveitáveis. Se você quer fazer Maceió e Maragogi na mesma viagem, pense em dividir a estada entre os dois lugares, ficando alguns dias em Maragogi. (E se você é alérgico a multidões, considere ir de lancha à Croa de São Bento, ou fazer o passeio de barco às piscinas naturais de Japaratinga, 10 km ao sul, que são menos concorridas que as de Maragogi.)

Paripueira

Distância de Maceió: 28 km. A estrada é lenta porque passa por muitos povoados. O percurso leva entre 45 minutos e 1 hora para ir ou voltar.

Preço: o passeio de catamarã custa R$ 40 por pessoa.  O traslado em ônibus desde Maceió custa R$ 35 (ida e volta). O almoço não está incluído. (Preços de 2014).

De onde saem os passeios: o maior operador das piscinas de Paripueira é o restaurante Mar & Cia, com acesso bem sinalizado da estrada (4 km depois de passar pelo clube Hibiscus em Ipioca). O lugar cobra um couvert artístico de R$ 5 (preço de 2014). Se você vai por conta própria, peça uma pulseirinha de cliente avulso aos atendentes que estão na área do estacionamento; ela será necessária para reservar o passeio. E ao entrar, vá direto à fila da bilheteria para comprar o passeio.

Para onde vão os passeios: todos vão à mesma área de corais, a 3 km de distância da praia.

Permanência nas piscinas: os catamarãs levam entre 15 e 20 minutos para chegar às piscinas naturais. A permanência na área dos corais é de até 2h30. Você deixa seus pertences no catamarã maior e depois pode voltar pelo barco menor, que a cada meia hora faz o vaivém entre as piscinas e a praia.

Aproveitamento da maré baixa: por estar mais perto de Maceió, Paripueira permite o aproveitamento até das marés baixas que ocorrem antes das 10h.

Minha opinião: se você está hospedado em Maceió e quer fazer um passeio a piscinas naturais, Paripueira oferece uma boa experiência a baixo custo e com pouco sacrifício. Para aproveitar melhor o passeio, não fique junto com todo mundo coladinho ao muro de corais. Vá nadando com cuidado até a piscina do outro lado dos corais: ali a densidade demográfica é mínima, e você pode tanto aproveitar a água cristalina (que não pude fotografar de perto porque minha câmera não é sub-aquática) quanto os corais.

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