Como estimar gastos de viagem? 1

Como estimar gastos de viagem?

Uma das dúvidas que mais aparecem nas caixas de comentários não tem resposta exata: “quanto dinheiro eu vou gastar em tal cidade?”. Não responder não é má vontade nossa, acredite. É que a gente não tem como conhecer os hábitos de cada leitor.

Tem gente que viaja e se esbalda nas compras, e tem gente com horror a outlet. Tem quem almoce sanduíche de pé, e quem prefira sentar à mesa em todas as refeições. Tem quem visite todos os museus, e quem não entre em nenhum.

Tem quem adore atrações tipo museu de cera e aquário; tem quem que se contente em avistar os monumentos. Tem quem ache que o city-tour hop-on hop-off no ônibus de dois andares é obrigatório, tem quem sequer cogite essa possibilidade. Tem quem ande de ônibus, quem ande a pé, quem ande de táxi.

As variáveis são infinitas.

Dólar e euro

Isso quer dizer que a única pessoa que pode fazer o orçamento da sua viagem é, realmente, você.

Mas como saber quanto você vai gastar em um lugar onde nunca foi? Bem, normalmente já saímos do Brasil com passagens e hospedagem pagas ou reservadas. O que resta saber é quanto vai ser gasto em alimentação, atrações e transporte.

O Riq avalia que 50 a 75 dólares por pessoa por dia, por pessoa (na Europa, 45 a 70 euros por dia, por pessoa) são suficientes para se alimentar dignamente.

Quando você extrapola o limite num dia, naturalmente compensa no outro. Da barrinha de cereal ao jantar sentado de 3 pratos, sempre haverá uma alternativa que cabe no seu bolso (ou na sua capacidade de endividamento no cartão de crédito).

Veja as dicas do Comandante para controlar os gastos em alimentação:

Veja como calcular cada item:

Restaurantes

Eu tenho um truque: procuro por sites de restaurantes do lugar e vejo alguns cardápios na internet. Isso é bom para ter uma idéia mais aproximada de custos, e também para programar um ou outro jantar especial na viagem.

Atrações

Para as atrações eu faço a mesma coisa: já sabendo mais ou menos os museus, passeios e shows que vou incluir no roteiro, procuro pelos sites e vejo, em média, quanto custam; verifico também os passes de museus ou atrações para ver se vale a pena.

Transportes

Pesquiso sobre passes e tarifas de transporte público, e sobre as alternativas de locomoção do aeroporto para a cidade. Simulo corridas de táxi usando o World Taximeter ou sites similares.

Como até hoje não passei aperto, acho que esse esquema funciona. E, para qualquer comprinha inesperada, sempre tem o cartão de crédito.

Mas queremos saber é de você: como você organiza o seu orçamento de viagem? Tem algum truque para estimar quanto vai gastar? Já passou algum aperto, ou voltou com dinheiro sobrando? Aos comentários!

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263 comentários

Depois do saldo no banco e limite do cartão, minha estimativa vai depender do objetivo da viagem. Mais cultural? É a primeira vez no local? Mais compras? Mais gastronômica? É só para descansar/ flanar?

Pra gastos com alimentação no Brasil, eu faço uma média do que eu gasto com almoço em dia útil e o máximo que poderia gastar numa saída no fim de semana. Assim, se eu gasto menos num dia, no outro não me estresso se esbanjar um pouco.

No exterior, penso em 100U$/dia para alimentação+transporte.
Eu sou básica na maior parte do tempo. Costumo visitar as mercearias locais, ou faço um lanche ou “almoço-janto” sem hora certa, adaptando ao passeio. Se existe transporte público bom e farto, eu uso e abuso, e uso tbm o meu melhor “meio de transporte”, sapatos confortáveis.
Por isso, sobra sempre e acabo não fazendo contas quando prefiro o conforto de um taxi ou quero curtir um bom restaurante.

Mas o que me vem à cabeça, ao ler esse post, é o trecho de um livro de “autoajuda para turistas” que ganhei em 1999 e tenho até hoje!
“Toda viagem é uma extravagância. (…)
Basta comparar seus gastos diários com refeições para ter um treco imaginando quantos supermercados a mais daria para fazer no mês. (…)
Mesmo assim, viajamos.”

Thanks, Riq! 🙂
.

Atrações sempre saio de casa sabendo onde vou… transporte, como normalmente tem passes lá fora, também dá para ter uma ideia.

Hospedagem a gente sempre sai com tudo pago já….
O mais complicado para mim é alimentação – acabo colocando 60 euros por dia (se não tiver café, mais uns 15). Ou 60 dólares, dependendo de onde vou, e boa. E faço uma planilha dia a dia, o mais detalhado possível.
No final, pego o valor na moeda, e coloco uns 10% a mais – até hoje nunca ficou muito fora disto.

E claro: sempre precisa ter o cartão… em Londres eu jamais esperaria gastar uma fortuna em roupas (especialmente de bebê), mas era tudo tão barato que ficou impossível não comprar – ficar sem dinheiro na viagem não rola, então vai tudo pro cartão e quando chega de volta, dá um jeito de pagar.

Há algum tempo atrás escrevi um artigo falando exatamente sobre isso. No entando, minha abordagem foi mais direcionada à desmistificação da ideia que uma grande viagem internacional só é factível por aqueles montados na grana! O texto a que me refiro é este: https://www.viajenaimagem.com/2013/01/quanto-custa-uma-viagem.html. Resumindo, fiz uns cálculos e mostrei como tudo é questão de escolhas e como uma pessoa “comum” pode fazer uma viagem dos sonhos todo ano, apenas com algumas priorizações no seu dia-a-dia.

Eu e meu marido temos feito a conta de 150,00 dinheiros por dia para nós dois, independente do país, excluindo hospedagem, que já temos o valor certo e alguma compra especifica, como iPad, por exemplo, que já levamos o dinheiro para isso. Na verdade o nosso calculo é para despesas de alimentação, transporte, entradas em atracões e compra de lembrancinhas. Tem dado certo. Com essa conta já gastamos em euros, libras, dólar e pesos argentinos, dá pra ter uma viagem bem agradável, com direito a restaurantes e drinks. Geralmente fazemos uso de metrô e onibus na cidade, mas quando necessário pegamos taxis e transfers. Levamos uma quantidade em moeda e o resto em cartões de debito e credito.

De maneira bem resumida, o nosso orçamento de viagem costuma ser, para o casal:

Passagem + hospedagem + Despesas Complementares + 100 dinheiros (euro ou dólar) por dia.

Passagem: depende do que o Melhores Destinos vai garimpar 😀
Hospedagem: na Europa tento me manter abaixo dos 100 euros/dia

Despesas Complementares: deslocamentos internos importantes (trem e avião, aluguel de carro), entradas, ingressos e/ou passes comprados antecipadamente.

Se for para os EUA, existe mais um item: Compras (porque nos EUA “as mina pira”, e tá, eu piro com os eletrônicos).

Na nossa primeira eurotrip (2010), por Paris, sul da Alemanha e Londres, sobrou dinheiro. Na segunda (2013), por Lisboa, norte da Itália e Suíça, fizemos downgrade até supermercado pras contas baterem. Culpa da Suíça, mas achamos tudo relativamente mais caro que na vez anterior.

No mais, até faço uma ou outra planilha ANTES da viagem. Durante o controle é feito dia-a-dia, mas não tão rígido. Férias, lembra?

Não estipulo um valor diário, detalho um pouco mais e no final tenho uma média diária. Utilizo uma planilha para me ajudar com os principais gastos dia-a-dia como: hospedagem, aéreos, traslados, deslocamentos, atrações e alimentação. No final essa planilha acaba virando meu roteiro. Coincidência, escrevi sobre isso na semana passada no meu blog, então deixo o link: https://wp.me/p1MXH9-Ic

Procuro saber o preço básico das atrações, restaurantes, etc. e faço uma média do que gastarei por dia. Aí acrescento um pouco no orçamento para uma eventualidade, compras e algum luxo que eu queira me dar. Tento não sair do valor diário estipulado, mas sem muita paranóia. Dificilmente falta muito ou sobra demais. Geralmente fico dentro do orçamento mesmo. Mas também quase não levo dinheiro em espécie, vou tirando da conta aos poucos apesar de ter um valor a ser gasto em mente, o que ajuda. Mas as minhas pesquisas são baseadas na minha realidade. Não como em restaurantes carérrimos quando viajo muito menos me hospedo em 5 estrelas e sigo esta linha na hora de pesquisar os preços.

Faço praticamente a mesma coisa!

Na minha estimativa de gastos, eu excluo os valores já pagos (ou a pagar) das passagens aéreas (ou de trem) e da hospedagem, que são gastos “fixos”, que já calculo em separado do restante dos gastos de viagem.

Para os gastos “variáveis”, eu faço o seguinte:

1)Pesquiso na internet os preços dos meios de transportes urbanos e das atrações que pretendo visitar. Verifico também se o local a ser visitado conta com passes turísticos que compensem a soma dos valores de transporte + atrações. Só com essa pesquisa, eu já saio de casa com um valor fixo já estabelecido para transporte + atrações. Eu já embarco sabendo quanto vou gastar exatamente nisso.

2) Para alimentação, eu tento sempre encontrar o site dos possíveis restaurantes alvo para descobrir o cardápio com preços na internet. Se não encontro o site, ou site com cardápio, ou ainda se não tenho certeza do local em que vou fazer refeições, eu estimo por alto 15-20 Euros para almoço e 25-30 Euros para janta.

Se no meio do caminho eu vejo que estou no caminho de extrapolar essa estimativa, eu faço um “downgrade” e baixo a estimativa de almoço e janta.

3) No total, eu calculo cerca de 80-90 Euros (ou “dinheiros”) por dia para transporte local, alimentação, atrações e comprinhas extras. Normalmente, eu gasto menos que isso por dia, o que sobra para dar uma gastadinha com compras no final….

Observação: nem sempre tudo sai como planejado. Exemplos: em outubro de 2011, eu estive em Florença, e o ingresso normal da Galleria Uffizzi e da Accademia era 6,50 Euros cada uma, mas por conta de uma exposição temporária (Vasari), o preço para cada uma delas estava em 11,00 Euros. Em fevereiro de 2013, em Berlim, eu comprei o Berlim Museum Pass, mas no final das contas, eu achei que não valeu a pena, pois eu teria apenas 3 dias consecutivos para visitar todas as atrações, mas nós ficamos 6 dias em Berlim para não fazer tudo correndo, além do que eu tive de pagar um valor extra de 4,00 Euros para entrar no Neues Museum em função da exposição temporária dos 100 anos de descoberta do busto da Nefertiti. Foram gastos menores, é claro, comparado com o acervo, mas sempre dá aquela sensação de frustração de saber que o valor não é aquilo que já havia sido pesquisado.

Eu prefiro levar cash ou VTM mesmo, porque eu embarco sabendo exatamente quanto eu tenho disponível para gastar e não tenho surpresas desagradáveis na volta por conta de aumento na taxa do câmbio no dia da fatura, e nem por extrapolações baseadas em espírito consumista do tipo “quando a fatura chegar a gente resolve”, hehe. Eu prefiro viajar tranquila sem a preocupação de saber quanto o câmbio está variando durante a viagem.

Eu não faço muitas contas, vou no meu “feeling” mesmo. Pago o que for possível com meses de antecedência (voos, hospedagem, passeios, ingressos de shows e jogos, o que acaba valendo uns 70% ou mais do valor da viagem), e então fecho um pouco a mão com táxis e compras para poder não economizar em entradas de museus e passeios. Mas já sei de uma falha nesse método: se troco de país/moeda no meio da viagem acabo passando uns 2 dias ou fechando a mão em excesso ou gastando demais, até conseguir situar minha noção de valores…

E nas últimas viagens, dei preferência ao cartão de crédito. Além da comodidade, a taxa de câmbio dos cartões pré-pagos fazia valer a pena o IOF e o risco de alta no câmbio. (Isso em libras e rands. Para dólares e euros, talvez o pré-pago seja mais competitivo, devido à maior oferta/demanda das moedas.)

Sempre que a cidade usa dólar ou euro, tento me policiar pra gastar até “50 dinheiros” por dia. Com alimentação, entrada em alguma atração, água, transporte e tal. Claro que nao inclui hospedagem nesse valor!
abs,

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