Cartão global: vale a pena usar para viajar?
Se você viaja para o exterior ou faz compras em sites estrangeiros, precisa providenciar um cartão global. Os cartões de débito de contas globais são atualmente o meio de pagamento mais vantajoso para seus gastos no exterior.
Todo cartão global oferece dólar mais barato do que nas casas de câmbio, e com IOF igual ao dinheiro vivo – 1,1%, contra 4,38% dos cartões de crédito convencionais.
Você com certeza já ouviu falar pelo menos algum cartão global: Wise, Nomad, Revolut, C6 Global, BS2 Go, Inter Global…
Recentemente, os grandes bancos tradicionais também entraram neste mercado, com os cartões Avenue (associado ao Itaú), BB Américas (Banco do Brasil), MyAccount (Bradesco) e Select Global (Santander).
Saiba neste post as vantagens e as pegadinhas de usar um cartão global em 2024.
A Bóia resume:
- Os novos cartões globais se tornaram o melhor meio de pagamento no exterior
- Com IOF de 1,1% e spread de 2%, são mais baratos que dinheiro em espécie
- Para quem viajava com dinheiro vivo, é o fim da doleira e da fila casa de câmbio
- Antes de começar a usar, é bom entender as pegadinhas e ter alternativas no bolso
- Para abrir sua conta é só baixar um aplicativo
- Os cartões globais Wise e Revolut são multimoedas: carregam até 50 moedas a câmbio justo
- O cartão global Nomad tem programa de vantagens com parcelamento e cashback
- Outros 7 bancos brasileiros oferecem cartões globais para seus clientes – veja quais
- Não esqueça de declarar sua conta global no imposto de renda!
Cartão global: que negócio é esse?
Antigamente, para escapar do dólar caro dos bancos brasileiros e do IOF altíssimo das compras internacionais, você precisava abrir uma conta no exterior. Mas era coisa de rico.
O surgimento das fintechs (financeiras digitais que competem os com bancos tradicionais) democratizou o acesso a uma conta internacional – agora chamada de ‘conta global’.
Na maioria dos casos, não há exigência de depósito mínimo nem tarifas de uso.
Numa conta global você pode manter depósitos em dólar (ou outras moedas estrangeiras disponíveis) de maneira totalmente legal. E recebe um cartão de débito Visa ou Mastercard para movimentar os seus fundos no exterior.
O cartão de débito de conta global chegou para substituir, com vantagem, o dinheiro vivo e o cartão de crédito nas viagens ao exterior e nas compras em sites estrangeiros.
Seguro Viagem Bradesco: sua tranquilidade em viagens internacionais.
As vantagens do cartão global:
Todo cartão global oferece essas vantagens:
- IOF igual ao do dinheiro vivo (1,1%), bem mais barato do que os dos cartões de crédito ou débito brasileiros (4,38% em 2024)
- Dólar mais barato do que nas casas de câmbio e BEM mais barato do que o dólar dos cartões de crédito e de débito brasileiros
- Conversão justa para outras moedas – mais vantajosa do que levar dólar cash e trocar em casa de câmbio no exterior
- Cartões virtuais para usar na internet – disponíveis assim que o seu cadastro é aprovado. Você não precisa esperar o cartão físico para fazer gastos internacionais
- Saques em moeda local em caixas automáticos
- Possibilidade de adicionar moeda a qualquer momento, fazendo um PIX
Desde quando existem esses cartões?
A novidade chegou ao Brasil em meados de 2021, em plena pandemia, quando a maioria dos países ainda estava fechada para viajantes brasileiros.
Por que o IOF é mais barato que o dos cartões de crédito?
Ao enviar dinheiro para sua conta global, tecnicamente você está fazendo uma “transferência internacional para conta da mesma titularidade”. O IOF para esta operação é de 1,1% (bem menor que os 4,38% dos cartões).
Depois de enviar dinheiro à conta, você não paga mais IOF brasileiro em nenhuma transação que você faça com o cartão global.
Por que os cartões globais vendem moeda estrangeira mais barato?
O ambiente digital aumenta a concorrência e barateia custos.
As fintechs das contas globais conseguem trabalhar com spread entre 1,5% e 2% ao vender moedas fortes como dólar e euro. Veja você: os grandes bancos brasileiros embutem spread de 4% a 6% na cotação do dólar de seus cartões de crédito.
Na comparação com as casas de câmbio, os cartões globais também levam uma pequena vantagem na venda do dólar (você pode conferir comparando a cotação do seu cartão com a menor cotação na sua cidade mostrada pelo site Melhor Câmbio).
Já nas moedas fracas (peso chileno, peso colombiano, sol peruano, peso mexicano), os cartões globais ganham de lavada das casas de câmbio, que cobram spreads de 10% ou mais. Sempre vai ser muitíssimo mais barato usar cartão global nos países que usam essas moedas, mesmo que o cartão esteja carregado em dólar.
O que o cartão global muda nas suas viagens?
Dá para dividir os viajantes brasileiros em dois tipos. Os que viajam com dinheiro vivo no bolso e os que ainda usam cartão de crédito convencional no exterior.
O cartão global traz ótimas mudanças para os dois grupos.
Para quem costuma viajar com dinheiro vivo
- O fim do maço de dinheiro na doleira
Não, não é normal andar para cima e para baixo com um bolo de cédulas escondidas por baixo da calça. Você só faz isso porque desde 2011 o IOF imposto sobre gastos com cartão de crédito no Brasil é leonino.
Um cartão global com IOF baixo vai livrar você disso.
- Você não vai perder passeios ou passagens baratas
Muitos viajantes brasileiros têm tamanha aversão ao cartão de crédito que deixam para comprar passagens, ingressos e passeios presencialmente, para usar dinheiro vivo. Ao fazer isso, perdem tarifas promocionais e encontram atrações com disponibilidade esgotada.
Com um cartão global você vai poder fazer suas reservas online com antecedência e economia, e aproveitar melhor sua viagem.
Europa: 10 roteiros de 15 dias prontos para você
10 sugestões que combinam os destinos mais procurados pelos viajantes brasileiros
- Você não vai mais perder tempo de viagem em casa de câmbio
O cartão global é uma casa de câmbio de bolso, que funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, oferecendo a melhor cotação.
Já pensou, não precisar mais bater perna para comparar cotações entre casas de câmbio, nem enfrentar fila para poder usar o seu dinheiro? Sim, é possível.
E o que é melhor: usar cartão global sai mais barato do que levar dólar para trocar na casa de câmbio.
- Você vai pagar suas despesas do jeito que faz no Brasil
No Brasil você já se acostumou a pagar até mate na praia no débito. Não é bem mais prático? Pois no exterior também pode ser assim!
OK: talvez você precise de algum dinheiro vivo para usar em estabelecimentos que não aceitam cartão, mas serão uma minoria.
De todo modo, você vai poder levar muito menos dinheiro vivo – ou deixar para fazer um saque em moeda local no caixa automático.
- Você não vai passar perrengue em países ‘cashless’
Alguns países, como Reino Unido, Holanda e Suécia se encaminham para não aceitar mais dinheiro de papel. Estão implantando a economia ‘cashless’ – sem cédulas físicas, apenas pagamentos digitais.
Muitos brasileiros têm sofrido para conseguir gastar suas cédulas de euros e libras nesses países.
Alugue carro na Rentcars em até 10x
Para quem ainda usa cartão de crédito em viagem
- Sua viagem vai ficar até 10% mais barata
Com IOF e spread bem mais baixos, o cartão global vai fazer seu dinheiro render muito mais no exterior.
A economia de até 10% compensa quaisquer outras vantagens dos cartões de crédito, como acúmulo de milhas.
- Você vai voltar da viagem sem contas para pagar
O cartão de débito vai deixar a sua viagem bem mais controlada, sem aquela sensação de falência na volta.
(Mas se precisar de fundos extras, o cartão de crédito vai continuar à mão para extravagâncias.)
Cartão global: as pegadinhas
O cartão global tem algumas peculiaridades que você precisa conhecer antes de começar a usar.
E é bom ter em mente que em algumas situações você vai ter que lançar mão de um plano B.
- Configure os limites por cada tipo de transação
Por uma questão de segurança, alguns cartões globais vêm ‘de fábrica’ com limites muito baixos por operação.
Entre nas configurações do aplicativo para aumentar esses limites. Normalmente você pode mexer no limite diário, semanal e mensal em compras por aproximação, compras por inserção com senha e compras online.
Faça isso antes de viajar. Se você precisar alterar esses limites durante a viagem, o cartão pode levar de 12 a 24 horas para liberar o novo limite.
- Se não passar no débito, tente no crédito
Algumas maquininhas identificam os cartões globais como aqueles antigos pré-pagos (tipo travel money), que passavam no crédito. Por isso, se a compra não for aprovada no débito, peça para passar de novo no crédito.
Pergunte também se o estabelecimento não trabalha com outra maquininha – eventualmente pode haver incompatibilidade entre o seu cartão e alguma das inúmeras maquininhas em operação nos países.
É por isso que recomendamos ter um plano B – um cartão de débito de outra bandeira ou um cartão de crédito convencional.
- Se não conseguir sacar no débito, tente no crédito
Como já explicamos no tópico anterior, alguns sistemas identificam os cartões de débito como os antigos pré-pagos, que funcionavam na função crédito.
Se não conseguir sacar no débito (“withdrawal”, “checking account”), tente no crédito (“credit”). Se ainda assim não conseguir, procure um caixa de algum outro banco.
Roteiros bem resolvidos na Itália
Como combinar destinos como Roma, Veneza, Florença Milão,Toscana, Costa Amalfitana, Cinque Terre
- Não dá para alugar carro só com cartão global
As locadoras exigem um cartão de crédito convencional como garantia – e também para fazer um bloqueio prévio maior do que o valor da locação.
Mas você pode negociar para que o seu cartão de crédito convencional seja dado como garantia e o pagamento da locação seja feito com o cartão global.
- Não vale a pena usar cartão global quando há bloqueio de caução
Não é só no aluguel de carro que o seu cartão é usado como caução. Há outras situações em que um naco do seu saldo é bloqueado temporariamente como garantia.
Alguns hotéis (principalmente de redes americanas) fazem um bloqueio extra para cobrir ‘incidentals’ – eventuais gastos extras durante a sua estada. O que não for gasto acaba sendo estornado para a sua conta, mas o processamento pode levar até 15 dias. Nesses hotéis o melhor é pagar as diárias no check-in com o cartão global e dar um cartão de crédito convencional para o bloqueio dos ‘incidentals’.
Em postos de gasolina self-service também acontece algo parecido: as bombas debitam um tanque inteiro, não importa quantos litros você abasteça. O pagamento a mais só será estornado até 15 dias mais tarde. Caso você não tenha saldo sobrando no cartão global, é melhor pagar com cartão de crédito.
- Na Holanda, Mastercard funciona melhor que Visa
O pequeno comércio holandês usa uma rede que só aceita débito Mastercard. (Mas o Visa é aceito em hotéis e no comércio voltado para turistas.)
Viajar ao exterior com segurança é ter Seguro Viagem Bradesco.
- No Chile, cartão de débito não dá direito à isenção de IVA em hotéis
Os hotéis no Chile dispõem de maquininhas que cobram em dólar, isentando os hóspedes estrangeiros do pagamento de 19% de IVA. Essas maquininhas, no entanto, só funcionam com cartões de crédito. Não dá para usar cartão global.
Ou seja: para não pagar IVA nos hotéis do Chile, use dólar cash ou cartão de crédito.
- Não dá para usar cartão global no exterior carregado em reais
Alguns cartões globais permitem que você mantenha um saldo em reais. Mas só funcionarão no exterior carregados com dólar ou outras moedas estrangeiras disponíveis.
- É preciso incluir as contas globais na declaração do Imposto de Renda
É perfeitamente legal ter contas globais, e você não vai pagar nada de imposto de renda sobre o saldo depositado. Mas vai precisar incluir essas contas na sua declaração de I.R.
Você vai conseguir baixar os informes de rendimento de cada conta no seu aplicativo.
- As contas globais não estão protegidas no Brasil
Ao abrir uma conta global, você não estará protegido pelo Fundo Garantidor de Créditos do sistema financeiro brasileiro.
Os bancos e fintechs globais que atuam no Brasil têm sedes registradas nos Estados Unidos, nas Ilhas Cayman e no Reino Unido. Todos oferecem algum tipo de garantia, mas estarão longe do alcance da justiça brasileira.
De todo modo, a ideia aqui é poupar para viajar, não tranferir sua vida bancária do Brasil para nenhuma dessas contas, certo?
Seu chip internacional ou E-Sim com 10% OFF
Qual é o melhor mix de meios de pagamento no exterior?
Nunca dependa apenas de um meio de pagamento no exterior – seja qual for. O mais seguro é diversificar.
Nossa recomendação:
- Priorize os gastos num cartão global
- Leve um pouco de dinheiro vivo (o equivalente a 200-300 dólares) ou então faça um saque em moeda local no dia da chegada
- Leve um cartão de crédito convencional (de preferência, de bandeira diferente do cartão global) para usar em situações com caução (locação de carro, ‘incidentals’ de hotéis, postos de gasolina self-service) e também para usar como plano B
- Considere ter um segundo cartão global, de bandeira diferente do principal, para aumentar suas chances de sucesso com qualquer maquininha ou caixa automático
Promoções para sua viagem
Como abrir a conta e usar o cartão global?
Os cartões de débito de contas globais têm um funcionamento muito parecido com o dos antigos cartões pré-pagos, tipo travel money.
A diferença é que você vai ter que abrir uma conta, que precisará ser declarada no seu imposto de renda.
Veja o passo a passo:
- 1. Baixe o aplicativo
A abertura de uma conta global é feita sempre por aplicativo, que você baixa na loja do seu celular.
Depois da aprovação, você vai conseguir acessar sua conta global também no computador. As configurações mais importantes, porém, só estão disponíveis no aplicativo.
- 2. Abra sua conta
O processo de abertura de conta tem muito pouca burocracia, como já acontece com os bancos digitais brasileiros. Na maioria das vezes você vai precisar fazer upload de um documento de identidade, um comprovante de endereço e também tirar uma foto logado no aplicativo.
Caso você abra uma conta global num banco brasileiro do qual você já seja cliente, o processo pode ser ainda mais simples.
- 3. A conta foi aprovada? Já pode usar o cartão virtual
Uma vez aprovada sua conta, você não precisa esperar chegar o cartão físico.
Todo cartão global oferece cartões virtuais, permanentes ou temporários, para usar na internet. Adicionando dinheiro à sua conta, você já pode sair gastando online.
Você também pode associar o seu cartão virtual à carteira digital do celular (Google Pay ou Apple Pay).
- 4. Adicione dinheiro por PIX
Todos os cartões aceitam transferências por PIX. Você define o valor a ser adicionado, então faz um PIX da conta do seu banco brasileiro para a conta global.
Compre sua passagem de trem na Europa – em português
- 5. Converta o seu depósito para dólar (ou outra moeda disponível)
Na maioria dos cartões globais você pode adicionar reais e depois converter para dólar (ou outra moeda disponível).
Note, porém, que não adianta manter reais na sua conta. O cartão global só funciona no exterior com moeda estrangeira. Se estiver carregado apenas com reais, só funcionará no Brasil.
Alguns cartões permitem adicionar moeda estrangeira diretamente, pulando a etapa de carregar a conta com reais. Você define quantos dólares (ou outra moeda disponível) quer adicionar, e o aplicativo informa o valor em reais para você transferir por PIX.
A maioria dos cartões globais oferece contas em dólar. O cartão Wise pode ser carregado com 40 moedas diferentes. O Revolut é carregado com dólar mas depois permite converter para contas em outras 17 moedas. O C6 Global oferece dois tipos de conta – em dólar e em euro.
- 6. Faça gastos sem se preocupar com IOF
O IOF de 1,1% é pago apenas uma vez, no momento em que o cartão converte os seus reais em moeda estrangeira.
Depois disso, todos os pagamentos de despesas e novas conversões para outras moedas estarão isentos de IOF brasileiro.
- 7. Pague despesas em qualquer moeda
O cartão global não precisa estar carregado com a moeda local para funcionar num determinado país.
Carregado com dólar, seu cartão global serve para pagar despesas em todas as moedas.
Ao converter para uma terceira moeda, o cartão pode cobrar um pequeno spread, uma comissão de câmbio. Mas não se preocupe: o spread do cartão é menor do que a comissão embutida quando você troca dólar vivo por moeda local numa casa de câmbio.
- 8. Faça saques em moeda local em caixas automáticos
Todo cartão global permite fazer saques em moeda local em caixas automáticos.
Alguns cartões oferecem isenção de tarifa para um ou dois saques por mês. Mesmo assim você acaba pagando a tarifa de uso do caixa automático. Por essa razão, faça saques sempre pelo valor máximo oferecido pelo caixa automático, para diluir essa tarifa.
- 9. Adicione dinheiro quando quiser
Precisou de mais dinheiro durante a viagem? Adicione por PIX e estará disponível em instantes.
- 10. Use o cartão global para fazer poupança de viagem
O jeito mais inteligente de juntar dinheiro para viajar é ir comprando aos poucos, aproveitando aqueles momentos em que o câmbio fica mais favorável.
Sempre que quiser, você pode reconverter seu saldo em dólares para reais e usar no Brasil – ou transferir para sua conta bancária brasileira. (Mas você sempre vai perder um pouquinho na reconversão.)
Qual cartão global escolher?
Todos os cartões globais oferecem as mesmas vantagens básicas: IOF e spread mais baixos.
Os cartões “independentes” (que não são ligados a nenhum banco de atuação nacional) como Wise, Nomad e Revolut costumam ser os mais desburocratizados e oferecem vantagens extras como conta multimoedas ou cashback.
Mas se você já é correntista de algum banco brasileiro que ofereça conta global, pode considerar resolver tudo “em casa”.
Wise
- Abertura de conta: grátis – use o aplicativo
- Cartão físico: grátis – chega em 7 dias
- Bandeira: Visa
- Carrega mais de 40 moedas
- na Argentina, no Peru e na Colômbia funciona perfeitamente carregado com dólares
- Depósitos: por PIX
- 2 saques grátis no mês + tarifa do equipamento
- Demais saques: US$ 6,50 + tarifa do equipamento
- Depois de R$ 1.400: 1,75% + tarifa do equipamento
Com sede no Reino Unido, a fintech Wise começou atuando com transferências internacionais antes de lançar seu cartão global de bandeira Visa.
Seu maior diferencial é que seu cartão é multimoedas. Você pode ter saldos em mais de 40 moedas ao mesmo tempo – todas elas vendidas a um câmbio justo, muito mais vantajoso do que o praticado pelas casas de câmbio.
Algumas das moedas que você pode carregar no cartão Wise:
- Dólar
- Euro
- Libra
- Franco suíço
- Peso chileno
- Peso uruguaio
- Peso mexicano
- Dólar canadense
- Coroa dinamarquesa
- Coroa sueca
- Coroa tcheca
- Florim húngaro
- Yen japonês
- Won sul-coreano
- Baht tailandês
- Lira turca
- Libra egípcia
- Dirham dos Emirados Árabes
- Dirham do Marrocos
- Rand sul-africano
- Rúpia indiana
- Dólar de Hong Kong
- Dólar de Cingapura
- Yuan chinês
- Dong vietnamita
- Rupia indonésia
- Dólar australiano
- Dólar neo-zelandês
Das moedas dos países mais visitados por brasileiros, o cartão Wise só não carrega peso argentino, peso colombiano e sol peruano.
Wise: principais dúvidas
- O Wise só funciona se estiver carregado na moeda local do país?
Não! O Wise funciona em qualquer país carregado com qualquer moeda (exceto reais).
Ao fazer uma despesa em moeda local, o cartão busca automaticamente a moeda mais vantajosa para fazer a conversão (normalmente será o dólar ou o euro).
- Tem diferença entre carregar dólar ou a moeda local do país?
Em países de moeda forte (Estados Unidos, Zona do Euro, Escandinávia, Reino Unido, Suíça, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Japão, Coreia do Sul, Cingapura), vale a pena comprar direto a moeda local, para evitar a pequena taxa de conversão (normalmente, 0,5%) entre moedas fortes.
Nos demais países, tanto faz você carregar a moeda local, dólar ou euro.
O bom de carregar a moeda do país a ser visitado é que você tem controle melhor dos gastos, já que pode acompanhar o extrato sem fazer conta de câmbio. Ou seja: ter uma conta em moeda local é uma comodidade, não uma necessidade.
Mas como moedas fracas tendem a se desvalorizar, o melhor é ir fazendo poupança em moeda forte (dólar ou euro) e converter para uma conta em moeda local apenas na hora de viajar.
- O Wise não carrega peso argentino, peso colombiano nem sol peruano. O que fazer?
O Wise funciona perfeitamente na Argentina, na Colômbia e no Peru carregado com dólares (ou euros, ou libras, ou qualquer moeda exceto reais).
Na Colômbia e no Peru você vai conseguir uma conversão melhor do que se levasse dólares ou reais vivos para trocar na casa de câmbio.
(Na Argentina, como existe câmbio paralelo, levar dólares ou reais vivos para trocar em cuevas será um pouco mais vantajoso – menos para pagar hotéis. Saiba mais.)
Mala de bordo nas medidas certas
Como carregar moeda estrangeira no cartão Wise?
Você pode carregar moedas no Wise de três maneiras.
- 1) Adicionando diretamente moeda estrangeira
É método mais rápido para comprar uma moeda específica.
Selecione “abrir”, depois “saldo” e escolha a moeda para adicionar. Faça o PIX, e em instantes estará na conta da moeda desejada.
Use este método para comprar moedas fortes (dólar, euro, libra, dólar canadense, franco suíço, coroa sueca, coroa dinamarquesa, yen, won e dólar de Cingapura), que tendem a manter seu poder aquisitivo a médio e longo prazo.
Só compre moedas fracas diretamente se estiver perto da viagem. Se estiver juntando dinheiro para viajar, poupe em dólar e converta depois (veja o método 3, mais abaixo).
- 2) Adicionando reais e depois convertendo para as moedas desejadas
Se você vai comprar mais de uma moeda e quer fazer apenas um PIX (e não um PIX para cada moeda), abra uma conta em reais e adicione o saldo total.
Depois, quando quiser, entre na sua conta em reais selecione “converter” para as moedas da sua escolha.
Em termos financeiros, o resultado será semelhante.
Lembre-se que sua conta em reais não serve para gastos no exterior, apenas no Brasil.
- 3) Adicionando moeda forte e depois convertendo para outras moedas
Se você está fazendo poupança para viagem, pode ir juntando dólares nos momentos de baixa do câmbio e converter para as moedas dos países a serem visitados no momento de viajar.
Este também é o melhor método para comprar moedas fracas. Você poupa em dólar e converte só no momento de viajar, apostando na valorização do dólar frente à moeda do país que você vai visitar.
Selecione “abrir”, “saldo” e escolha a conta em dólar. Faça o PIX. Depois, quando quiser, entre na sua conta em dólares e selecione “converter” para as moedas da sua escolha.
Wise: pegadinhas
- Desbloqueie o cartão físico fazendo uma compra presencial com senha ANTES de viajar
Carregue um pequeno saldo em reais e faça uma compra qualquer com inserção na maquininha e senha. Pronto: seu cartão estará desbloqueado para viajar.
Se você deixar para desbloquear no exterior, pode dar chabu. Em alguns países as maquininhas funcionam com tarja, impossibilitando o desbloqueio, e você fica sem poder o seu cartão físico (mas pode usar o virtual em compras online ou com a carteira digital do celular).
Quem não desbloqueia o cartão no Brasil antes de viajar ao Japão e à Coreia do Sul só vai conseguir usar o cartão para saque em caixa automático. Nos Estados Unidos também é difícil encontrar maquininha que funcione com chip e senha.
- Configure os limites por operação no aplicativo
O cartão Wise vem com limites baixos, tanto por operação quanto por período. Entre no aplicativo antes de viajar e configure limites mais altos. Se você precisar fazer isso durante a viagem, pode demorar de 12 a 24 horas para liberarem os novos limites.
- Na Holanda, leve também um cartão de débito Mastercard
O pequeno comércio holandês usa um sistema de débito Mastercard. Mas o seu cartão Wise será aceito em hotéis, nas lojas maiores, nas atrações e em todo comércio voltado para turistas.
- No Chile, leve dólar cash ou cartão de crédito para pagar hotel
Cartões de débito não são aceitos pelas maquininhas de hotéis do Chile que fazem cobrança em dólar e isentam o visitante estrangeiro de pagar 19% de IVA. Leve dólares ou cartão de crédito para pagar hotel no Chile.
- No Uruguai, mantenha saldo em dólar para pagar hotel
Muitos hotéis no Uruguai cobram diretamente em dólar. Se você só tiver saldo em peso uruguaio, o cartão fará uma reconversão desnecessária e, como se trata de moeda fraca, custosa.
Organizador de eletrônicos para viagem
Nomad
- Abertura de conta: grátis – use o aplicativo
- Cartão físico: US$ 20 (30 dias para entregar)
- Bandeira: Visa
- Depósitos creditados em 1 dia útil
- Carrega apenas dólares
- 2 saques grátis no mês + tarifa do equipamento
- Saques grátis na rede Allpoint (EUA)
- Demais saques: US$ 5 + tarifa do equipamento
Fundada nos Estados Unidos por brasileiros, a Nomad oferece um cartão global em dólar com a bandeira Visa. (Mudou recentemente: até novembro de 2023 era Mastercard.)
A conta também funciona como base para investimentos nos Estados Unidos.
O diferencial é manter um programa de vantagens semelhante aos de cartões de crédito:
- Parcelamento de compras no exterior (você faz a compra em dólar e parcela em reais num cartão de crédito brasileiro)
- Programa de fidelidade com diminuição de spread de acordo com a atividade do cliente
- Lounge na ala internacional do aeroporto de Guarulhos
- Descontos em seguros, sites e lojas
- Cashback nos parques Disney
Como carregar dólares no cartão Nomad?
São três passos.
- 1) Faça uma transferência ou PIX para sua conta em reais
Desde agosto de 2022 você não pode mais comprar dólares diretamente. Primeiro você faz um PIX para sua conta em reais, e fica com um saldo em reais.
- 2) Converta o seu saldo em reais para dólares
Depois de fazer o PIX, abra novamente o aplicativo da Nomad e selecione converter seus reais para dólares.
- 3) Seu saldo em dólar aparecerá no próximo dia útil
À diferença da maioria dos cartões globais, seu carregamento de dólares só vai estar disponível no primeiro dia útil depois do envio.
Nomad: pegadinhas
- Programe seus depósitos para não ficar sem saldo
Ao carregar dólares na sua conta Nomad, o seu saldo só estará disponível no dia útil seguinte.
Se você fizer depósitos na sexta-feira ou na véspera de feriados americanos, seu dinheiro vai demorar de 2 a 3 dias para poder ser usado.
- Na Holanda, leve também um cartão de débito Mastercard
O pequeno comércio holandês usa um sistema de débito Mastercard. Mas o seu cartão Nomad será aceito em hotéis, nas lojas maiores, nas atrações e em todo comércio voltado para turistas.
- No Chile, leve dólar cash ou cartão de crédito para pagar hotel
Cartões de débito não são aceitos pelas maquininhas de hotéis do Chile que fazem cobrança em dólar e isentam o visitante estrangeiro de pagar 19% de IVA. Leve dólares ou cartão de crédito para pagar hotel no Chile.
Seu chip internacional ou E-Sim com 10% OFF
Revolut
- Abertura de conta: grátis – use o aplicativo
- Cartão físico: grátis – chega em menos de dias
- Bandeira: Visa
- Carrega mais de 30 moedas
- na Argentina, no Uruguai e no Peru funciona perfeitamente carregado com dólares
- Depósitos: por PIX
- Saques grátis até R$ 1.600 por mês + tarifa do equipamento
- Demais saques: 2% + tarifa do equipamento
A Revolut é uma fintech criada em 2015 no Reino Unido. Desde 2019 emite cartões de débito da bandeira Visa.
Em 2023, depois de muita expectativa – que incluiu uma lista de espera para os primeiros clientes – fialmente começou a abrir contas globais para clientes brasileiros.
Num primeiro momento a Revolut está trazendo ao Brasil apenas a sua conta Standard, que não tem taxa de abertura nem de manutenção.
O cartão Revolut é multimoedas: você pode ter saldo em mais de 30 moedas simultaneamente, todas vendidas a câmbio justo, muito mais vantajoso do que o das casas de câmbio. Além delas, o Revolut também vende criptomoedas.
Algumas das moedas que você pode carregar no cartão Revolut:
- Dólar
- Euro
- Libra
- Franco suíço
- Peso chileno
- Peso colombiano
- Peso mexicano
- Dólar canadense
- Coroa dinamarquesa
- Coroa sueca
- Coroa tcheca
- Florim húngaro
- Yen japonês
- Won sul-coreano
- Baht tailandês
- Lira turca
- Libra egípcia
- Dirham dos Emirados Árabes
- Rand sul-africano
- Rúpia indiana
- Dólar de Hong Kong
- Dólar de Cingapura
- Dólar australiano
- Dólar neo-zelandês
Das moedas dos países mais visitados por brasileiros, o cartão Revolut só não carrega peso argentino, peso uruguaio e sol peruano.
Revolut: principais dúvidas
- O Revolut só funciona se estiver carregado na moeda local do país?
Não! O Revolut também funciona em qualquer país carregado com dólar.
- Tem diferença entre carregar dólar ou a moeda local do país?
Não. Se você criar uma conta em outra moeda, o Revolut vai converter dólar para esta moeda.
Se você não criar uma conta nessa outra moeda e carregar apenas dólares, o Revolut vai converter dólar a cada gasto nesta moeda.
A conversão será vantajosa das duas maneiras. O bom de carregar a moeda do país a ser visitado é que você tem controle melhor dos gastos, já que pode acompanhar o extrato sem fazer conta de câmbio.
- O Revolut não carrega peso argentino, peso uruguaio nem sol peruano. O que fazer?
O Revolut funciona perfeitamente na Argentina, no Uruguai e no Peru carregado com dólares.
Como carregar moeda estrangeira no cartão Revolut?
Inicialmente você vai precisar comprar dólares. Só depois de ter saldo na sua conta em dólares você vai poder fazer uma nova conversão de dólar para outra moeda disponível.
- 1) Faça um PIX para sua conta em reais
Também é possível fazer transferência bancária, mas o PIX cai na hora, enquanto a transferência leva 3 dias para estar disponível.
- 2) Selecione ‘câmbio’ e você vai conseguir converter reais em dólares
Mexa nas setinhas para aparecer “vender BRL”.
- 3) Da sua conta em dólar você vai poder converter para as outras moedas, quando quiser
Entre na sua conta em dólar, clique em ‘câmbio’ e use a setinha para escolher a outra moeda. Quando definir a moeda, mude a setinha para aparecer “vender USD”.
Revolut: pegadinhas
- O aplicativo é complicado e pouco intuitivo
Você vai penar um pouquinho até se entender com os comandos do aplicativo, que parece desenhado mais para fazer transferências internacionais do que para carregar o cartão global.
Os comandos para carregar e converter moedas são bem diferentes dos outros aplicativos.
- Na Holanda, leve também um cartão de débito Mastercard
O pequeno comércio holandês usa um sistema de débito Mastercard. Mas o seu cartão Revolut será aceito em hotéis, nas lojas maiores, nas atrações e em todo comércio voltado para turistas.
- No Chile, leve dólar cash ou cartão de crédito para pagar hotel
Cartões de débito não são aceitos pelas maquininhas de hotéis do Chile que fazem cobrança em dólar e isentam o visitante estrangeiro de pagar 19% de IVA. Leve dólares ou cartão de crédito para pagar hotel no Chile.
Revolut – Taxas de câmbio excelentes!
Taxa de câmbio comercial e IOF de 1,1%.
Envie e receba dinheiro em diversas moedas
Cartões globais ligados a bancos brasileiros
Os bancos digitais C6 e BS2 foram os primeiros bancos brasileiros a oferecerem contas globais.
Hoje já há 7 bancos com atuação no Brasil que facilitam a abertura de conta global a seus clientes. A principal diferença com relação aos cartões globais “independentes” é que alguns bancos cobram tarifas de acordo com o grau de relacionamento com seus clientes.
Se você não for correntista do banco, vai precisar abrir duas contas. Primeiro tem que abrir a conta nacional, para só depois solicitar a conta global. Por isso são contas globais indicadas para quem já é cliente do banco nacional.
Clique no link para ir à página de cada uma delas.
- C6: C6 Global Dólar e C6 Global Euro (débito: Mastercard)
- BS2: BS2 GO (débito: Mastercard)
- Inter: Inter Global Account (débito: Mastercard)
- Itaú: Avenue (débito: Mastercard) – oferece também investimentos
- Bradesco: MyAccount (débito: Visa)
- Santander: Select Global (débito: Mastercard)
- Banco do Brasil: BB Américas (débito: Visa) – conta bancária full-service nos Estados Unidos
Compartilhe sua experiência!
Por serem tão novos, os cartões globais ainda estão sendo testados na prática por seus usuários.
Se você puder contar como foi (ou está sendo) a sua experiência, compartilhando as facilidades e as pegadinhas que você encontrou, nossa comunidade de viajantes agradece demais!
A caixa de comentários é sua!
Que moeda levar para a Argentina
Onde fazer câmbio e quando vale a pena usar cartão de crédito ou de débito internacional
Resolva sua viagem
1199 comentários
Oi Bóia, assisti a live completa e também li um comentário que o Wise funcionou bem na Turquia, país que vou visitar em outubro. O Ricardo disse que vale a pena carregar o cartão na moeda local, mesmo se tratando de moedas fracas. Mas com minha viagem ainda um pouco distante, será melhor carregar diretamente em liras turcas ou em euros? Ou dá no mesmo, sendo apenas uma questão de visualizar os gastos em moeda local. Pergunto porque tenha ouvido falar que a lira, assim como o real, sofre muita desvalorização.
Olá, Perla! Você tem razão, a inflação turca está altíssima, coisa de 50% ao ano ou mais. Melhor poupar em dólar ou euro, nesse caso. Daí na hora da viagem você pode converter para lira para ficar mais fácil de acompanhar o saldo.
Arrasou! Muito obrigado!😊
Ricardo, fiquei com uma dúvida. Fiz uma conta no wise, para usar cartão virtual através do Apple Pay (não tenho tempo para chegar o físico). Se eu comprar um chip internacional para o telefone, consigo usar? Obrigada
Olá, Marília! Quem responde é A Bóia. Consegue no chip internacional ou no wifi sem problema. Se você tem plano Claro ou Vivo pós-pago, vale a pena comprar o roaming internacional do continente que você vai visitar (Claro Passaporte Américas/Europa, Vivo Travel Américas/Europa).
Tb adorei a live! Parabéns! Fiquei super feliz com a iniciativa, pois estava fazendo esse “trabalho” também… rsrsrs
Sobre a minha experiência, usei o cartão do BS2 no México e nos EUA, funcionou super bem. Tb usei o Wise nos EUA, também funcionou sem problemas.
Eu percebo a cotação do Wise mais baixa do que a do BS2 e do C6 (esse cartão chegou depois, e ainda não usei). Outro diferencial é que o Wise funciona pelo Apple Pay, e o BS2 precisa usar o cartão.
Primeiro, agradeço ao Ricardo Freire e sua equipe pela excelente aula. Com toda certeza, agregou mais conhecimento!
Vou contar minha pequena experiência. Abri as contas internacionais da Wise e da Nomad (Plano A com dois backups). Carreguei USD 1000 (Wise) com spread de 1,1% e USD 100 (Nomad) com spread de 2,0%.
Comprei as passagens de trens (Inca Rail e Peru Rail) e ingressos para Machu Picchu com Wise e ingressos para Machu Picchu com Nomad. As passagens de trem foram cobradas em dólares e os ingressos para Machu Picchu em soles e depois convertido em dólares. Tudo foi comprado na mesma noite.
Vejam como foi a experiência com a Wise: ingressos para Machu Picchu por 316,26 soles com taxa de câmbio de 3,813118 = USD 82,94. Houve uma taxa cobrada pela Wise de USD 1,68, o que representa um spread aproximado de 2%, totalizando a compra por USD 84,62. Percebam que houve um spread de R$ para USD de 1,1% e outro spread de soles para USD de 2,0%, totalizando 3,1% de spread.
Vejam como foi a experiência com a Nomad: ingressos para Machu Picchu por 312,2 soles com taxa de câmbio de 3,766892 = USD 82,88. Não percebi nenhuma nova cobrança de spread de soles para USD. Percebam que houve um spread de R$ para USD de 2,0% e outro spread de soles para USD de 0,0%, totalizando 2,0% de spread.
Por essa experiência, talvez com Wise é mais vantajoso comprar dólares e gastar em dólares (spread de 1,1% versus 2,0%) e com a Nomad é mais vantajoso comprar dólares e gastar em soles (spread total de 2,0% versus 3,1%).
Não fiz simulação de converter real diretamente para o novo sol peruano, pois terei que fazer um planejamento mais detalhado da viagem para saber o que será gasto em moeda local.
Obrigada, Rodrigo!
Excelente seu video com as explicações sobre os cartões de débito. Parabéns pelo capricho.
Viajarei para Dinamarca e Noruega em breve, você acha que corro algum risco de algum hotel nao aceitar pagamento em cash? (Seu video chegou tardiamente por aqui, pena)
Ja separei os euros destinados para hospedagens. Estarei em apuros caso aceitem apenas cartões de credito.
Abraços, Andrea
Olá, Andrea! Vale a pena entrar em contato com o hotel para perguntar!
Usei o C6 global durante uma viagem pela Espanha e França. tive dois problemas: o token por SMS me deixou sem poder fazer compras online porque estava com um chip europeu e sem acesso ao meu numero brasileiro. tive que usar o cartão de crédito convencional pra essas compras. o segundo problema foi ao alugar uma bicicleta em Paris. o aluguel cobra uma caução de 300 euros e fiquei com esse valor bloqueado do meu cartão C6 sem poder usar por uns 15 dias, quando o valor foi devolvido. fora esses dois probleminhas, de resto foi tudo ótimo. recomendo
Obrigada, Robson! Esse perrengue do SMS é uma limitação do C6 mesmo, mas a caução da bicicleta daria o mesmo galho em todo cartão de débito ou pré-pago — nessas despesas que envolvem caução é melhor usar o cartão de crédito convencional.
Olá Riq! Olá Bóia!
Será que vcs poderiam falar um pouquinho sobre o BB Americas? Me parece que é equivalente aos cartões citados aqui. Já sou correntista BB e o processo parece bem simples. Obrigada e parabéns pela live e pelo post!
Olá, Gabriela! A conta-raiz BB Americas é complicada, até onde a gente sabia era preciso manter um saldo e pagar taxas de manutenção. Mas agora o Banco do Brasil lançou a conta Easy – em colaboração com o BB Americas – que funciona nos moldes dessas outras.
https://www.bb.com.br/pbb/pagina-inicial/imprensa/n/66131/#/
Estamos preparando a versão da live para o post, e já vamos incluir esta informação.
Então Bóia… a questão é essa. Eu havia entendido que vc poderia ter um cartão BB Americas, sem a necessidade de ter que abrir uma conta Easy. Uma amiga minha, que tb é correntista do BB, fez o cartão, sem custo algum, e usou direto nos EUA. O valor mínimo segundo ela é de US$ 100. Ela disse que o processo foi bem simples e disse não ter sido cobrada sobre a manutenção de um saldo estipulado. Enfim, fiquei com essa dúvida se não seriam 2 procedimentos distintos: solicitar um cartão de débito BB Americas e abrir uma conta corrente intl. Easy.
Olá, Gabriela! A gente ainda não estudou direito a conta Easy porque está disponível apenas para correntistas BB. Antigamente essa conta do BB Americas era mais complicada de fazer. De todo modo, é preciso ver se o dólar (spread) do banco é tão baixo quanto o dos bancos digitais (provavelmente, não). Veja com o seu gerente como é o procedimento – se puder, conte pra gente aqui! Obrigada!
Tenho o Wise, estou testando ele, para usar no Canadá, pensei que o cartão utilizasse qualquer saldo de moeda que estivesse no app para pagar qualquer comprar. Testei colocar saldo em dólar canadense e fazer uma compra aqui no Brasil, mas não foi debitado, deu erro quando passou o cartão, então transferir para real e conseguir realizar o pagamento, na função cartão de crédito.
Se alguém puder me ajudar, minha filha irá para um curso de um mês no Canadá, quero que ela leve o cartão Wise, mas está no meu nome pois ela é de menor, será que ela terá algum problema?
Olá, Mario! NO seu lugar eu faria também um cartão pré-pago convencional para ela com algum saldo, e ia transferindo o que ela não conseguisse pagar com o Wise no seu nome. Outra possibilidade é você enviar dinheiro para ela via Western Union, mas ela teria que buscar esse dinheiro vivo na agência.
Tambem tenho essa duvida: fui testar o Wise aqui no Brasil, tinha um pouco de reais e Euro. Como a conta deu mais do que a quantidade de reais a compra foi recusada. Tentei outra vez com uma compra menor do que a quantidade de reais e passou. Isso pode acontecer tambem se eu passar o cartão na Europa?
Olá, João Antônio! Todos os relatos de uso do Wise na Europa são positivos aqui neste post e também lá no Youtube. Acredito que seja um problema de uso deste cartão no Brasil por brasileiros. O Ricardo Freire mesmo não conseguiu realizar uma compra presencial no Brasil (para desbloquear o cartão físico) mas já conseguiu fazer duas compras online fora do Brasil.
Tenho Wise e aluguei carro na Europcar da França com ele. Na França, Portugal e Espanha não tive problemas em compras nem on-line nem física. Todas atrações de Paris e Espanha comprei on-line com ele. Os hotéis fiz reserva pelo Booking.com com cartão de crédito brasileiro e no check in usei o Wise sem problema. Mas tem de prestar atenção no limite de valor geral por ano/mês que a Wise permite fazer de transferência para o cartão sem comprovação de renda, porque chega uma hora que eles pedem seu IRPF para continuar com as transferências, vc continua podendo usar o saldo que está lá mas as transferências ficam bloqueadas. Isso pode ser chato para quem está viajando e não tem essa documentação salva no celular para enviar e depois que envia demora uns 2 dias para desbloquear as transferências. Como o limite é em reais e dependendo do seu tempo de viagem e câmbio real/euro pode ser que o limite seja atingindo. Uma opção é já ter o valor que pretende gastar no cartão antes de viajar, para não correr risco de não conseguir transferir durante a viagem. Já usei o atendimento via e-mail deles e até que é ok, respondem rápido e resolveram todas minhas solicitações.
Olá. Pretendo abrir uma conta Multimoeda no Wise para receber uma transferência em dólares americanos de um banco dos EUA. Em julho vou
viajar a Paris e Londres e gostaria de usar esse valor para cobrir as despesas da viagem, usando o cartão de débito internacional. Nas informações que levantei no Wise, eu entendi que não é necessário converter antecipadamente valores em euros e libras e que seria feita uma “conversão automática” dos valores em dólar para cobrir os débitos em euro e libra. Eu encontrei a seguinte informação: “Se você fizer pagamentos em uma moeda que já possui na sua conta, deduziremos o valor gratuitamente. Caso não tenha a moeda na sua conta, converteremos o valor automaticamente para você. O valor utilizado será retirado da moeda que possua a menor taxa de conversão. Por isso, não há necessidade de se preocupar em converter o dinheiro antes de viajar”.
Eu não gostaria de ficar com saldo remanescente em euro ou libra.
Obs: Essa conversão automática não ocorre se o BRL for uma das moedas envolvidas (para cartões brasileiros).
Por favor, vocês sabem dizer se minha interpretação está correta ou se há alguma “pegadinha” ou “taxa adicional/penalidade” pelo fato de ocorrer
essa conversão de moedas no momento do gasto/débito? Obrigado e parabéns pelo excelente trabalho.
Olá, Paulo! O bom de já comprar as moedas dos países que você vai usar é que você vai ver os valores caindo sem precisar fazer conta. Você faz um gasto de 100 euros, debitam 100 euros da sua conta em euro. Se você não tiver conta em euro, o débito vai ser diferente – semana passada, no nosso experimento, o câmbio estava 1,07, então seriam debitados 107 euros.
Para ter certeza de que a cotação de compra na moeda é justa (acredito que sempre vai ser), confira em https://www.oanda.com/currency-converter/en/?from=EUR&to=USD&amount=1
Você pode mover o dinheiro livremente entre as contas das diversas moedas. O que sobrar, se você não quiser deixar no cartão, você transforma em reais e envia como transferência para a sua conta de banco (a uma tarifa de 7 reais).
Olá! Ótimo post Ricardo! Obrigado!
Segue a nossa experiência com o cartão Global Euro do C6:
Passamos três semanas na Espanha e utilizamos meu cartão C6 Global Euro e deu tudo certo. Fizemos praticamente todos os pagamentos presenciais com ele e bastou aproximar o cartão da máquina e pronto!
A única situação que me lembro de não ter dado certo foi o aluguel de bicicletas em Sevilha. Como o aluguel precisava ser feito pelo aplicativo das bikes, precisei receber o tolken por SMS (só é necessário para compras on line) para confirmar o aluguel. Como meu telefone tem slot para dois chips (se não tivesse, bastaria trocar os chips por uns minutinhos para resolver), recebi o tolken através do meu número do Brasil, mas o app não aceitou o pagamento. No entanto, o mesmo problema aconteceu com meu cartão de crédito internacional “normal” do Banco do Brasil. Por alguma razão o app não aceitou nem o C6, nem o BB. Por isso, acho que o problema não foi com o C6.
Achei que valeu muito a pena ter aberto a conta Global do C6 e levar o cartão para a viagem. Sempre que precisávamos de mais euros, bastava um PIX para a conta do C6 e fazer o câmbio. Tudo de forma imediata e com a contação muito boa (é bom ficar de olho no relógio para fazer o câmbio no horário comercial do Brasil!).
Chegando no Brasil, fiquei de olho na contação do Euro para converter a “sobra” em Reais com um pequeno lucro ; ).
Quando abri a conta Global no C6, não sabia que a Wise já enviava o para o Brasil (é algo relativamente recente). Se soubesse, provavelmente teria ido de Wise e nem abriria a compra no C6, mas hoje acho que foi melhor ter ficado com o C6 porque é muito prático e ágil. O fato da execução das transações ser simples e imediata me parece um diferencial importante, principalmente em uma viagem para relaxar.
Como disse, não tivemos nenhum problema e não tenho como falar sobre o atendimento ao consumidor do banco.
Por fim, o Banco do Brasil criou um conta global em dólar, Conta Easy, que imagino que siga os mesmos moldes das demais contas globais e pode ser mais uma opção para os viajantes.
É isso.
Abraços e boas viagens!!!
Obrigadíssima, Eduardo!