Parque de moinhos Kinderdijk entre Bélgica e Amsterdã

Bate-volta & pit-stop: modo de usar

Bate-volta e pit-stop são macetes que possibilitam enxugar roteiros, diminuindo o número de destinos em que você vai se hospedar, as bases, e as de trocas de hotel.

Cada vez que você se muda com mala nas costas para outra cidade, perde tempo e energia fazendo check-out e, ao chegar, perde parte do pique ao precisar encontrar o hotel e fazer o check-in.

Tanto o bate-volta quanto o pit-stop permitem que você aproveite o destino do passeio desde o momento zero: você chega no maior gás, e já sai visitando. Depois volta para o destino onde está hospedado para jantar e descansar.

Que tipo de lugar NÃO vale a pena para bate-volta ou pit-stop?

Evidentemente, não recomendo o bate-volta a lugares que precisem de mais de um dia para ser explorados.

Por exemplo: Florença está a menos de uma hora e meia de trem de Roma, mas não pernoitar por lá seria um pecado.

Londres está a pouco mais de duas horas de trem de Paris, mas um bate-volta não adianta nada.

Você vai ver muito pouco da cidade, vai precisar voltar de todo jeito em outro momento, e vai acabar perdendo duas coisas: o dinheiro investido em ir e voltar de Londres e a possibilidade de passar mais um dia redondinho em Paris.

Então quando fazer o bate-volta ou o pit-stop?

Bate-volta

Colonia del Sacramento, Uruguai

Quando vale a pena fazer fazer um bate-volta?

Inclua um bate-volta no seu roteiro quando o destino do passeio está a até uma hora e meia de distância da sua base. (No máximo, no máximo, duas horas; mais do que isso, é exaustivo.)

Como fazer o melhor bate-volta?

Saia depois do café da manhã (não vale a pena madrugar; você está de férias, lembra?) e programe a volta a tempo de jantar ou tomar um drinque antes de dormir.

Quanto mais perto da estação você estiver hospedado, mais confortáveis serão os bate-voltas.

Se estiver de carro

Evite montar base em cidade grande, para não enfrentar o trânsito de saída e entrada da área metropolitana. Por exemplo: na Toscana, Florença é uma base ruim para quem está de carro; Siena é uma base melhor.

Não exagere nos roteiros

Há limites para o bate-voltismo. A regra básica é: só faça os bate-voltas depois de ter explorado bem a base onde você está hospedado. Escolher um, no máximo dois bate-voltas me parece de bom tamanho.

A vantagem do bate-volta é não engessar a sua viagem. Se você só descobrir ao chegar que programou tempo de menos para a base, é só anular um ou outro bate-volta.

Bate-volta todo dia só faz sentido se você estiver fazendo uma viagem de carro por uma região delimitada, em que os caminhos façam parte da viagem (e não sejam só deslocamento).

Sugestões de bons bate-volta

Bate-volta na Argentina

Bate-voltas na Itália

Bate-voltas na Espanha

Bate-voltas em Portugal

Bate-voltas na França

Bate-voltas na Alemanha

Bate-volta na Holanda

Bate-volta na Suiça

Bate-volta em Nova York

Bate-volta em Hong Kong

Pit-stop

Quando fazer um pit-stop?

Quando um lugar que você gostaria de visitar se encontra no meio do caminho entre duas de suas bases.

Como fazer o melhor Pit-Stop?

O Pit-stop é uma visita objetiva — como se fosse uma parada de cruzeiro. Você precisa identificar o que quer ver no destino que vai visitar e se concentrar no principal. Dificilmente vai haver tempo para firulas.

Se estiver de carro, cuidado para não se cansar demais — você ainda vai pegar a estrada. (De trem ou ônibus, vai dar para descansar na segunda perna da viagem.)

Precauções quando programar um pit-stop:

  • Se estiver de trem ou ônibus, verifique antes se existe guarda-volumes na estação. Guarda-volumes é a condição essencial para a parada.
  • Se estiver de carro, não deixe nenhuma bagagem à mostra e, sempre que possivel, use estacionamentos fechados.
  • Caso você vá chegar depois das 18h no destino final, avise o hotel que você vai fazer o check-in tarde, para que seu apartamento não seja dado a outro.

Sugestões de bons pit-stops

Pit-stop na América do Sul

Pit-stops na Itália

Pit-stops na Espanha

Pit-stops em Portugal

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    Pit-stops na França

    Pit-stops na Bélgica

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    Leia mais:

    181 comentários

    Olá Bóia, gostaria de uma opinião,chegarei a Paris dia 24/06 e fico até 3/07(parto para Lisboa). Minha ideia é chegar da 24/06 pegar um trem (IDTGV) para Aix-en-Provence e fazer bate-volta a Manosque, Gordes e/ou Arles, retornando no dia 27 à Paris pois quero ir a Giverny e quem sabe a Rouen. Já conheço Paris mas quero ficar um pouco na cidade. É loucura ou é possível!Obrigada!abç.Fernanda

      Olá, Fernanda! O ideal seria voar de Marselha a Lisboa, sem precisar voltar a Paris.

      Olá, Fernanda,
      Qualquer cidade da Provença pode ser feita com bate-e-volta, a partir de uma base. O ideal é Marselha. A própria Aix vc pode fazer em pouco tempo. Mas tente ficar mais tempo na região, que é belíssima. Como será praticamente verão, seria bom dar uma olhada nas praias (a própria baia de Marselha é linda; tem Cassis, um balneário lindíssimo ao lado). De Marselha para outras cidades da Provença tem trem o tempo todo.

    Ja fiz alguns bate-voltas muito interessantes: Lisboa-Sintra, Milão-Verona, Jerusalém-Mar Morto, Bruxelas-Bruges, quase todos de trem, com no maximo 2h de trajeto, como você disse, Ricardo. Com a diferença de que eu prefiro dormir mais cedo no dia anterior para acordar na primeira hora do café da manhã e zarpar para aproveitar mais o dia, pois prefiro jantar na volta. Otimo texto!

    Hoje fiz um BATE E VOLTA. De SP fui até Santana do Parnaiba. Metro, trem e busão. Cheguei cedo, caminhei pela cidade, tomei uma breja na padoca aurora inaugurada em 1860, almocei no SPAR, etc etc, Tô voltando exatamente agora para Sampa. Brave relato completo no blog https://aviagemoficial.wordpress.com/

    Mais uma ótima entrada para “Boiapedia”.

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    Uma dica que é meio óbvia, mas quando leio os comentários de vários trips parece ser ignorada: classifique seus bate-e-volta de acordo com a dependência de tempo bom!

    Tem passeios que só fazem sentido, ou que são muito melhor aproveitados, com tempo bom. Coisas como subir em mirantes altos, visitar lugares de águas transparentes ou corais, caminhadas/trilhas de um dia, visita a locais abertos grandes, passeios rurais.

    Se você vai ficar em uma base vários dias, veja quais são os bate-e-voltas ou programas que dependem do tempo. Aí, na primeira oportunidade de tempo bom vá fazer esses programas, deixando programas indoor como museus, monumentos, eventos culturais que abrem todo dia como uma reserva para os dias de tempo ruim.

      hahaha… muito bom!!! Boiapedia foi demaaaaais!!!

      Concordo muito com vc que o fator clima é fundamental para bate-volta.

      Sendo que, em lugares como o Rio e capitais do Nordeste, mesmo sendo cidades base, o clima conta muito, pois, são poucas as opções de turismo “coberto”!

      Digo isso nesse post e aproveitando o seu gancho, Andre, porque durante esse mês de janeiro lamentei pelos turístas que vieram ao Rio. O tempo tem andado bem caidinho desde o dia 3 de janeiro. Lamento, porque os melhores passeios daqui são ao ar livre. Acho que as autoridades no assunto tem que se preocupar com isso, uma vez que até hotéis fazenda e resorts tem toda uma gama de atividades para dias de tempo ruim.

      De dica que eu posso dar para quem vem pra cá com chuva é, sem ser em ordem: 1-passear pela Av. Visconde de Pirajá, em Ipanema; 2-passear pelo centro, conhecendo o Teatro Municipal, Candelária – que não sou lá muito fã -, Mosteiro de São Bento e centros como o CCBB, Casa França-Brasil, etc; 3-curtir bares e restaurantes; 4-fazer city tour, entre eles vale um passeio até a Prainha, mesmo sem poder mergulhar é um belo passeio para conhecer um bom pedaço da orla do Rio (na verdade vale esse passeio da Prainha/Grumari vale como um bate-volta, pois, da Zona Sul até lá leva um bom tempo), entre outros… Gostaria de lembrar de mais coisas agora, mas, nada me vem a cabeça. Outra dica que acho que pode ser super bem vinda é de assistir a uma partida de futebol.

      Para quem gosta da noite não tem mistério nem chuva que atrapalhe, veja no jornal os grandes shows e, principalmente, as casas de Samba. Eu aconselho o Centro Cultural Carioca – mais tranquilo/casal/grupos de 4 ou 5 amigos, e com programação mais cedo – e o Rio Scenarium com Samba e Disco até a madrugada, mas, tem muitas outras casas na cidade, como o Trapiche Gamboa, Carioca da Gema, etc… e muitos, muitos bares, sendo que os que vão até o amanhecer você encontra na Lapa e no Baixo Leblon. Além disso, tem ensaio de Escola de Samba nas quadras das mesmas, que começam em Agosto, tem turista que vai todo dia!!! 🙂

      O VnV bem que podia preparar um post sobre o Rio com chuva, se é que já não tem!!!

      Mas, mais que isso, as autoridade e responsáveis pelo turismo precisam pensar nisso, uma vez que, não temos furacão, nem terremoto, mas, tem verão que chove mais de 20 dias seguidos. Seria muuuuuuito bom ter no Rio um Museu de nível internacional! Ainda vamos chegar lá!!!

      Obrigado,
      Vladimir.

    Oi, pessoal! Muito bom esse post!
    Já fiz o bate-volta Paris/Reims e recomendo! Lisboa/Sintra também foi ótimo!
    Em abril, estarei de carro em Munique e já programei bate-voltas a Fussen / “castelo da cinderela” e passeio nos Alpes (estou decidindo entre Garmisch Partenkirchen ou Innsbruck)
    Saindo de Munique, vou devolver o carro no aeroporto de Frankfurt e gostaria de saber se é perda de tempo pernoitar em Rothemburg ob der Tauber, que é uma cidade que eu quero muito conhecer, mas fica longe de Munique para fazer um bate-volta.

    Também sou adepto do esquema bate-e-volta.
    Um deles já postado e que recomendo é Barcelona-Andorra:
    https://www.cumbicao.com.br/search/label/Andorra
    Mas é verdade que tem que ser muito bem estudado o esquema para não ficar com aquela impressão de maratona turística. Vai de cada um e do pique de viagem.
    Este de Nápoles à Pompéia já fiz e recomendo!

    Show esse post! Mais mastigadinho impossivel! Gostaria sò de acrescentar que dà pra fazer bate e volta de aviao tb. Por exemplo, quando estivemos no Peru, fizemos um bate e volta aereo a Trujillo que se revelou menos cansativo do que o esperado (https://www.arquivodeviagens.com/trujillo-e-arredores/ ) e na Tailandia fizemos 2 bate e voltas (plural?) aereo: um para Ban Chiang com direito a um “mar” de flor de lotus que nao estava no programa ( https://www.arquivodeviagens.com/ban-chiang/ ) e outro a Sukhothai (https://www.arquivodeviagens.com/sukhothai/ )

    Perfeitinho esse post, hein? Aqui no Canadá Niagara Falls é um bom bate-e-volta desde Toronto, Ottawa também pode ser um bate-e-volta desde Montreal, mas são 2 horas e acho que Ottawa até merece uma dormidinha eheheh. Las Vegas também tem vários lugares no deserto para se fazer bate-e-volta e o South Rim do Grand Canyon deve ser um pit stop (quase morrermos por ter feito o bate-e-volta).
    Cheers,

    Sou muito fã dos bate-e-volta… sempre tento encaixar alguns nas viagens, mas somente na ultima consegui encaixar um pit-stop: https://devoltaoutravez.wordpress.com/2013/01/26/giverny/

    O melhor: dá para fazer tanto como pit-stop (no meu caso, entre Paris e Mont St Michel), quando como bate-e-volta de Paris…. e o melhor: é um bem rapidinho… dá prá fazer em meio período somente. E é lindo demais!

    Post excelente como sempre.
    Já posso agradecer o VnV pelo sucesso da minha viagem Portugal/Espanha agora em janeiro!
    Depois de ler religiosamente tudo por aqui, fiz os bate-voltas Lisboa-Sintra (embora Sintra seja uma gracinha e merecesse mais), Madri-Toledo e Madri-Segovia.
    E o pit-stop em Córdoba entre Sevilha e Granada.

    Longa vida ao VnV, há um bom tempo uma fonte essencial pra mim. 🙂

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