Aruba: o relato do Dionísio
Meu conterrâneo Dionísio é um dos planejadores de viagem mais meticulosos que você pode encontrar nas caixas de comentários do site. Todas as suas decisões de viagem são feitas após extensa pesquisa e incansáveis comparações. Agora em março ele foi com a família para Aruba — uma viagem que foi gestada durante meses. No começo era eu quem esclarecia as dúvidas dele, mas lá pelo meio do planejamento o Dionísio passou a entender mais de Aruba do que eu, descobrindo coisas que eu não tinha visto quando fui à ilha.
E agora que voltou, ele nos brinda com um relato detalhado.
[N. da R.: publicado em abril de 2010]
Aéreo: Milhas Smiles Porto Alegre-Bogotá-Porto Alegre + Avianca paga Bogotá-Aruba-Bogotá (não me cobraram nenhum taxa nos aeroportos). Voos Gol e Varig sempre com pontualidade britânica e refeições e lanches nos trechos internacionais bem honestos, em Boeing 737-800 bem novo, com bom espaço para o assento da frente, mas estreito como de costume. Voos Avianca atrasados, em Fokker 100, mas serviço de bordo muito atencioso e refeições bem gostosas (simples mas bem feitas). Observação: achei muito legal o uniforme das aeromoças da Avianca, com chapeu coco e poncho vermelhos estilizados à semelhança das roupas típicas indígenas.
Hotel em Aruba: Westin, em Palm Beach, em guest room comprado avulso na CVC, na época a 230 dólares o casal com café, para o período de 6 a 12 de março. Hotel de bom nível, muito confortável, renovado, quartos amplos, café bem gostoso e variado, funcionários atenciosos, localizado no início de Palm Beach, numa área de faixa de areia estreita, piscina de bom tamanho em área de lazer compacta mas totalmente integrada à praia. Recomendo o Westin. Observação: tentar pegar um quarto de frente para o Divi Phoenix e não para o RIU, para ter vista do mar, da piscina e downtown. O outro lado só dá para o predião do RIU. Vale passar uma charla no pessoal do Westin e dizer que está comemorando algo, para conseguir um upgrade grátis. Funcionou comigo (aniversário de casamento) e parece que funciona com todo mundo. Ganhamos um quarto melhor localizado e um champagne francês. Dica: pedir um frigobar vazio (o padrão é um com sensores do tipo “pegou pagou”, onde não cabe nada mais), que não me cobraram nada, para estocar bebidas e lanches. Problema: é um “saco” conseguir sombra na praia e na piscina, a não ser que se chegue antes das 7 da matina para reservar. Mas tem uma saída esperta: logo à esquerda, na praia, há árvores bem generosoas com sombras muito boas, geralmente vazias. Cadeiras de praia nunca faltam.
Praias: mar azul-caribe, na maioria das vezes de aspecto leitoso, não cristalino, mas muito limpo, nas praias de Palm e Eagle. Água cristaliníssima em Baby Beach e Rodger’s Beach. Em Arashi e Boca Catalina não cheguei a uma conclusão, por causa do horário (mas são pontos de snorkell, logo…). Baby Beach é sensacional. Todas essas praias têm mar bem paradinho, com água fria mas não gelada. Há pontos com correntes mais mornas. Areia bem branca. Problema para arranjar sombra em Palm Beach se não for hóspede dos hotéis de lá. Há sombras (palapas) públicas nas demais praias, mas em número limitado (chegue cedo, até 10 da manhã), e cadeiras para alugar. Não se passa dificuldade. Muitos bares em Palm, mas poucas opções nas demais praias (leve seu lanche).
Palm Beach: recheada de hotelões, bares, restaurantes e lojas para gringo ver. Ótima para quem está a pé e não quer ficar parado à noite. Vida noturna presente, mas nada demais. Preços mais caros do que no resto da ilha.
Oranjestad (Downtown): muitas lojas duty free ótimas, muitas lojas de grife, muitas lojas furrecas, muitas joalherias, bares e restaurantes. Para quem quer fazer compras, é obrigatório passar por lá. Os preços nas lojas da Mainstreet são os melhores. Quase tudo bem mais barato do que no Brasil (até o Nike Shox, que algupém queria saber…Só não vou dizer quanto). Mas os preços são melhores do que nos free shops dos aeroportos.
Comida: tem de tudo, como se fosse uma grande cidade. Fast food é a opção mais barata e tem vários. Restaurantes mais bonitos são mais caros. Em restaurante, 20 dólares por pessoa com refri é um preço de médio para baixo. Dicas: pedir um prato para dois e só depois pedir outro, pois um só costuma ser suficiente (embora digam o contrário); para lanche, comprar em supermercados, pois é muito mais barato (como no Brasil ou até menos), mas não nos mercadinhos dos hoteis e de Palm beach, e sim em supermercados (há vários, principalmente no caminho a downtown).
Transporte: ônibus são bons, frequentes e baratos (quase todos com ar condicionado e 2,60 dólares ida e volta) e distâncias são curtas. passam sempre nos hoteis. Use e abuse dos ônibus se ficar hospedado em Palm, Eagle ou Downtown. Táxi é caro: 25 dólares aeroporto-Palm Beach e no mais, em média 15 a 20 dólares em distâncias relativamente curtas. Ônibus, ônibus, ônibus!
Aluguel de carro: se ficar em Palm, Eagle ou Downtown, não precisa carro, pois o que não está à mão pode ser facilmente alcançado de ônibus. Carro só para fazer o lado selvagem da ilha (de mar bravo e escuro) e para ir a Baby Beach e Rodger’s Beach, que são excelentes, mas mais distantes (32 km de Palm). Dois dias de carro, para mim, é a medida. Dica: melhor reservar com antecedência se quiser carro econômico, pois estes somem muito facilmente. Na hora, há risco de só haver carros mais caros. As tarifas baixas, de cerca de 30-35 dólares existem, mas não têm seguro. Então, se alguém quiser seguro, terá que pagar mais 17 a 35 dólares, dependendo do nível. Aluguei pela Hertz um Chevrolet Aveo novinho, com seguro total e taxa de entrega no aeroporto por 75 dólares a diária (sem seguro, 50 dólares, mas eu não ando sem seguro total). Há dezenas de locadoras mundiais e locais (estas com melhores preços, mas com carros mais simples e usados).
Ligações para o Brasil: tentei a cobrar mas achei complicadoi e desisti. parece que tem que ter um cartão que não sei qual é. Há cartões com créditos de 10 ou 20 dólares para usar em orelhões. Liguei sempre do Westin e não me cobraram sobretaxa. Minuto a cerca de 2,50 dólares.
Day use: os hotéis têm, mas é difícil na prática, porque estão quase sempre lotados. Para quem vai passar só o dia e precisa tomar banho, sugiro procurar hotéis mais simples em downtown ou utilizar o parque aquático Morgan’s Island, em Eagle Beach.
Impressão geral: como diz o Riq, Aruba é Caribe sem contra-indicações. Tempo quase sempre bom, praias bonitas, aquele marzão, confortável, boa infra (sem ser over), sem perrengues, com ótima segurança (raros crimes). Ajuda muito dominar espanhol ou inglês (este preferencialmente). O lugar é tão tranquilo e despreocupado que, parece mentira, o presidente o parlamento de Aruba deu uma carona para mim e minha esposa, quando perguntamos a ele, na rua, onde era o supermercado mais próximo!
Frase final: ouvir traduções de músicas americanas para o papiamento na rádio não tem preço.
Obrigadíssimo, Dionísio! Exxxxxxxcccccccelente trabalho.
121 comentários
Em Palm Beach tem um restaurante, o primeiro em que eu comi chamado Salt & Pepper, aberto o dia todo barato com garçonetes holandesas lindas, o meu prato preferido de $ 38,00 Grilled Fisch Duo e Gambras, fica ao lado do Tango Argentino e em frente ao Radisson. Estou indo pela terceira vez e concordo com as observações feitas Aruba é um paraíso.