América do Sul: RG ou passaporte?
Existe um acordo, começado no Mercosul e depois ampliado para todos os países da América do Sul com exceção das Guianas, que permite aos cidadãos circularem livremente pelas fronteiras portando apenas o documento nacional de identidade.
Ou seja: dá pra viajar (por ordem alfabética) pra Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela só com RG original.
A carteira de motorista só é aceita na fronteira de Foz de Iguaçu, mas permite viajar no máximo 30 km território argentino adentro. (Não há controle na fronteira entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este.)
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Porém… a questão é cheia de pegadinhas. Para começar, a carteira de identidade precisa estar em bom estado. Você tem que estar reconhecível na foto. Há quem diga que só as carteiras emitidas há menos de 10 anos têm validade. (Esta parece ser uma lenda urbana, ou pelo menos uma regrinha válida apenas para argentinos em viagem.)
O grande defeito desse acordo é que a validade da carteira é decidida ao bel prazer de quem tem o poder de deixar você passar ou não. Desde o funcionário do check-in da cia. aérea (ah, não posso deixar a senhora embarcar com essa carteira velha não) até o guardinha da fronteira do país X com o Y que pode alegar isso ou aquilo pra descolar uma propinazita.
Minha recomendação: faça um passaporte. Renove sempre o seu passaporte antes de 6 meses do vencimento. Viaje sempre com o seu passaporte. Mesmo que seja pra Argentina ou pro Uruguai.
Um passaporte dentro da validade nunca é questionado. Um passaporte com carimbos vale mais na hora de você passar por uma imigração na Europa ou pedir visto pros Estados Unidos.
E viajando com o passaporte você pode deixar o dito cujo no cofre do hotel e sair na rua, aí sim, com o seu RG.
Resumindo: dá, sim, pra viajar pra qualquer lugar e atravessar qualquer fronteira na América do Sul (fora as Guianas) só com carteira de identidade. Mas vá com o passaporte. É muito melhor.
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383 comentários
Alguns dos nossos hóspedes tiveram problema ao apresentar RG no embarque e acabaram perdendo o vôo. Nem adianta chorar nem se revoltar, pois as autoridades de imigração tem poder total de decidir se o documento vale ou não vale. E isso porque a imigração argentina (por exemplo) é super tranquilinha, não pergunta nada demais nem quer ver quanto dinheiro você tem mão (situações que já vivi em Londres e em Amsterdam). A única coisa que PRECISA estar nos trinques é o documento oficial com foto e data de emissão aceitáveis. Como o Riq já disse, com o passaporte não tem erro. Portanto, arriscar para quê? Como explicaram acima, o visto de entrada no país (turista) é carimbado no passaporte. Entrando com o RG o visto é carimbado no papelzinho que NÃO PODE ser perdido, já que ele que prova a data que você entrou na Argentina e que portanto, não é imigrante ilegal. Alguns bancos exigem o visto de entrada para realizar operações de câmbio (o passaporte ou no, caso, o tal do papel). O Buquebus exige o tal visto também, para quem vai sair do país para ir ao Uruguai. Outra coisa que pode ser complicada é ter algum acidente ou problema legal no país (bate na madeira 3 vezes) e não ter como provar que você não está a mais de 3 meses (período que vale o visto) por aqui como ilegal. Passaporte sempre!
O documento de quem viaja é o passaporte. É (quase que só) para isso que ele serve. Uso o passaporte sempre, seja para onde for. Usei até nas várias vezes que cruzei a fronteira Brasil-Argentina em Foz do Iguaçu (às vezes indo e voltando mais de uma vez no mesmo dia).
O RG eu perdi há uns três anos. Agora só quando sair a carteira de identidade nacional e unificada. Até lá, nas viagens nacionais, vou me virando com a CNH.
No exterior, o passaporte fica sempre no hotel, dentro da mala. Para andar sempre comigo uso a CNH.
Já viajei várias vezes a Buenos Aires só com o RG.
Mas depois da orientação do Riq de que é muito bom ter vários carimbos no passaporte, passei a usar só o passaporte.
Na boa, é infinitamente mais rápido na imigração.
Ter que preencher aquele permisso demora muito.
O passaporte é carimbado e, pronto, entramos no país.
Ab,
Cinthia.
Riq,
Eu estive na Venezuela agora em janeiro com um amigo que não tinha passaporte e, ao nos informarmos a respeito da entrada com o RG junto à embaixada da Venezuela, a informação que recebemos foi que, apesar de aprovada a validade do RG recentemente, para valer de fato ainda precisava de uma ratificação de sei lá o quê e que o passaporte ainda seria necessário por agora. Daí o meu amigo fez o passaporte mesmo (e agora vai aproveitar pra usar mais longe he he).
Estou contigo que o melhor documento pra qualquer viagem ao exterior é realmente o passaporte – eu mesmo já passei a maior roubada em 2003 na fronteira do Uruguai pelo Chuí sem passaporte (e o pior: eu tinha o dito-cujo válido – foi uma bobeira total não levar).
De toda forma, por conta deste detalhe que nos passaram através da embaixada da Venezuela (nosso contato foi no meio de novembro/2010), para quem for pra lá minha recomendação é ter de verdade o passaporte ou em último caso pedir uma confirmação de que está valendo a entrada com o RG com algum órgão venezuelano (e levar uma cópia impressa desta confirmação junto se for o caso).
Estive em Buenos Aires em agosto com a minha mãe e minha tia. Eu e minha mãe, com passaportes, passamos pela imigração sem qualquer problema, rapidamente sem quaisquer perguntas ou estresse.
Já minha tia, que estava com o RG, ficou um tempão aguardando a mulher digitar mil coisas no computador (copiando do RG) e ainda recebeu um conselho (parecia mais uma bronca), muito do mau humorado, que ela não podia perder o formulário de entrada (aquela parte que fica conosco), que pagaria uma multa alta, blá, blá, blá, tudo isso de uma forma beeeem antipática.
Com passaporte é bem melhor a recepção…
Vou relatar um fato que aconteceu comigo em Ezeiza mês passado…
Quando entrei na Argentina, foi dado uns papéis para a gente preencher sendo 1 deles entregue na hora da chegada e outra a gente teria que guardar para entregar quando saísse do país!
No dia da saída, não lembrava de jeito algum onde havia colocado o papel… aí avisei a uma mulher da TAM e ela me pediu o passaporte e vendo que estava tudo certo, me entregou outro papel para preencher!
No entanto, um brasileiro que fiz amizade no aeroporto também não trouxe o tal papel mas viajou apenas com o RG! Dessa forma ele foi obrigado a ir num posto dentro do aeroporto pagar uma multa de AR$ 100 para pegar o tal do papel de novo!!
Até agora não entendi isso direito! Tudo isso me pareceu mais uma forma de pegar dinheiro de turista do que qualquer outra coisa, mas enfim, está aí um motivo a mais para ter um passaporte em mãos! 😀
Ao entrar na Argentina com o RG o carimbo é dado neste papel de saída. Ao entrar com passaporte o carimbo é dado no próprio.
Sem o carimbo não há uma prova da data de entrada no país. Pode ter sido por isso que esta pessoa teve que pagar a multa.
Minha dica para não perder documentos importantes é: deixe sempre junto ao passaporte.
Passei pela mesma situação. Agora, só passaporte. RG nunca mais.
Riq, já passei um grande sufoco com a minha mãe que estava com o passaporte vencido na época e embarcou com uma carteira de identidade muito antiga. Já em Ezeiza, na imigração, o funcionário não queria que ela entrasse de forma alguma. Fiquei mais de uma hora até convencer o chefe do sujeito de que a identidade era válida e a minha mãe poder entrar no país. Resultado: perdemos o transfer pro hotel e ainda tivemos que esperar pro funcionário da Aerolinas reabrir o guichê e podermos buscar as malas. Sem passaporte, nunca mais.
Andrea,
Passei um perrengue parecido com minha mãe, também em Ezeiza. Para complicar, a carteira de identidade dela era antiga e NÃO tinha impresso “República Federativa do Brasil”. Ela foi liberada, mas nunca mais viajamos sem passaporte!
Passaporte, sempre! A coisa mais linda que há é um passaporte beeeem carimbado! Sô vintage (eufemismo pra velha)! :*
Eu sempre deixo o passaporte no cofre do hotel. Saio com a CNH e xerox do passaporte. A CNH é o documento que uso quando me pedem uma identificação ao usar o cartão de crédito. Nunca tive problemas, até este mês em uma única loja em Buenos Aires, onde a caixa disse que não era válido e aceitou a xerox do passaporte. Foi a primeira vez que vi uma xerox ter maior valor do que um documento oficial. Nas outras dezenas de lojas que usei ninguém questionou.
Nunca uso RG. O meu está guardado no cofre de casa e só sai de lá quando é necessário para emitir algum outro documento.
A CNH não tem validade (fé pública) fora do país como documento de identificação pessoal, apenas como documento atestador de capacidade para conduzir veículo automotor.
Gabriel
Casa de cambio não aceita carteira de motorista como identificação
Já aconteceu comigo na Argentina
Casa de câmbio tudo sem, eu concordo. Mas de resto sempre foi aceito em tudo.
Vi alguns passando na imigracao aqui em Lima com carteira de identidade, mas sinceramente : traga seu passaporte 🙂
E nao precisa carregar , deixe no cofre do hotel e saia com a carteira de identidade.
Até queria, mas meu passaporte ficou preso no consulado americano pra renovarem meu visto B1/B2… Vou ter que arriscar entrar em Lima só com o RG mesmo.