Tour pelos bastidores da Ópera de Sydney: uma aula de arte e arquitetura
Se o mundo das viagens fosse um grande quiz e você precisasse dizer qual é a primeira imagem que lhe vem à mente quando escuta a palavra Sydney ou Austrália, provavelmente responderia Opera House. Cangurus e outros bichinhos fofos não entraram nesse jogo.
Declarada em 2003 como a obra mais emblemática do século 20 e integrante da lista de patrimônios da humanidade da UNESCO, a Ópera de Sydney é o monumento mais visitado da Austrália, recebendo mais de 8 milhões de visitantes e cerca de 3 mil diferentes eventos todo ano.
O tour pelos bastidores da Ópera de Sydney
A Ópera, junto com a vizinha Sydney Harbour Bridge, forma o cartão postal por excelência do país e pode ser apreciada por diversos ângulos. Um deles — o dos fundos — mostra como é a vida e obra dos trabalhados nos bastidores desses grandes palcos.
O arquiteto dinamarquês Jorn Utzon começou o ousado projeto em 1959 depois de ganhar um concurso internacional, cujo prêmio lhe rendeu cerca de 5 mil libras.
Em meios a contratempos e divergências com o governo australiano, ele abandonou a obra em 1966 e nunca mais chegou perto, mesmo após sua inauguração em 1973. Entre toneladas de concreto, vidros e equipamentos sonoros, a obra demorou e custou muito mais do que o previsto.
Por fora, a Opera House parece gigante, mas a magia realmente acontece quando entramos pelos bastidores e a guia começa a explicar como funciona toda a logística interna, suas inúmeras salas operacionais e os diferentes palcos. É nesse momento que realmente percebemos a magnitude do projeto e do conceito criado por Utzon.
Entre causos curiosos, holofotes e instrumentos musicais, quem diria que um dia meus caminhos cruzariam os de Nicole Kidman? A guia do tour dizia empolgada que a estrela de Hollywood entregava panfletos de espetáculos na porta do teatro quando adolescente e, por isso, pode ser considerada praticamente integrante da história da Ópera 🙂
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Por esses palcos também já passaram nomes renomados como Pavarotti e Mel Gibson. Seu grande pátio externo já foi espaço para protesto contra guerras no Oriente Médio, para as provas de triátlon das Olimpíadas de 2000 e até para o fotógrafo americano Spencer Tunick, famoso por fotografar aglomerações de pessoas nuas em diversos pontos do mundo.
Como bailarina aposentada, foi uma experiência única poder conhecer de perto aqueles corredores, as salas de ensaios e seus camarins com os espelhos iluminados. Vale conferir como aquele emaranhado de fios e de pessoas funcionam como uma valsa perfeita quando a terceira campainha toca e as cortinas se abrem.
- Duração da visita guiada: 2 horas
- Horário: sempre às 7 da manhã, mas é aconselhável chegar 10 minutos antes
- Grupo: no máximo 12 pessoas
- Explicações em inglês
- Não é permitido fotografar os bastidores, somente as áreas pré-determinadas pelos guias
- É necessário agendar previamente
- Termina com um agradável café da manhã em um dos cafés do teatro
- Você pode reservar no Box Office ou pelo site
- Essa visita custa AUD 165 (US$ 120 em setembro/2015)
Natalie viajou a convite do Turismo da Austrália.
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2 comentários
Eu fui para a Austrália em 2010, e fiz uma visita guiada no Opera House também, mas me lembro que não custou isso tudo, mas não tinha comida incluída e também não ia nos bastidores, e com certeza absoluta não era às 7 da manhã porque eu nem viajando eu sou uma pessoa da manhã!! rs
bacana demais esse tour! Eu amei, foi meu tour favorito em Sydney. Com o detalhe apenas de que, quando fiz o tour em julho, a guia não falou sobre restrição fotográfica nos bastidores, e nosso grupo tirou várias fotos em cada uma das salas… A única restrição de imagem foi na área de café da manhã. O.o