Tailândia: o que você precisa saber antes de viajar
Já sei. Tudo começou assim: um amigo que voltou do Sudeste Asiático apaixonado pela Tailândia. Depois veio a primeira ida a um restaurante tailandês, aquele novo, que ninguém parava de comentar.
E aí um dia reprisou “A Praia” na tevê. Você jogou no Google, e descobriu um monte de blogs falando sobre Koh Phi Phi. Pensando nas próximas férias… por que não a Tailândia?
Somos realmente cada vez mais brasileiros desembarcando em Bangkok, ajudando a engrossar as polpudas estatísticas do turismo no país. A Tailândia recebe mais de 20 milhões de turistas estrangeiros, anualmente (no Brasil, damos as boas vindas a apenas 6 milhõezinhos, só).
Mas não seria muito caro? Muito longe? Muito difícil de planejar?
Fazendo as contas, uma viagem à Tailândia pode custar mais ou menos o que custaria uma viagem à Europa – e tem ainda aquele toque extra de aventura. O preço da passagem transcontinental é inegavelmente alto, mas por lá é tudo tão, tão, tão barato (enfatizei o bastante?) que o valor final da viagem não assusta tanto assim.
Muito longe? Bem… é muito longe mesmo. Mas isso só vai incomodar, de fato, na volta ao Brasil, na hora de lidar com o jetlag.
Quanto ao planejamento, a parte mais difícil mesmo é decidir o roteiro. As possibilidades são tantas! Mas procure resistir aos itinerários pinga-pinga. Invista tempo em cada parada e desfrute com serenidade – essa, uma grande virtude dos amáveis tailandeses.
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Quando ir
A melhor época para visitar a Tailândia é de novembro a março, durante o inverno, que equivale ao período mais seco (e também à alta temporada). Se não for às montanhas, pode deixar o casaquinho em casa: o inverno tailandês tem temperaturas lá pelos 30 graus.
A época a se evitar vai de julho a outubro, especialmente por quem planeja ir às praias. As monções causam temporais ainda mais severos do que as nossas chuvas de verão.
Nos demais meses, os atrativos são preços mais baixos e menos turistas. Abril é o mês mais quente do ano.
É esperado que o fluxo de turistas diminua um pouco nos próximos tempos, por conta do recente golpe de estado. A Autoridade de Turismo da Tailândia afirma que a situação no país é tranquila, e relatos de turistas garantem o mesmo. O toque de recolher acaba de ser suspenso.
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Visto, passaporte e vacina
O turista brasileiro é dispensado de visto para visitar a Tailândia, e pode permanecer no país por até 90 dias. O passaporte deve ter no mínimo 6 meses de validade.
É preciso estar vacinado contra a febre amarela para embarcar. (Não por risco de pegar lá, mas porque a doença ainda existe aqui.) O certificado internacional é exigido no check-in no Brasil e também deve ser apresentado ao chegar, após o desembarque. Tome a vacina pelo menos 10 dias antes da viagem, para garantir sua validade e evitar encrencas.
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Como chegar
Air France, KLM, Lufthansa, British Airways e Emirates voam do Rio de Janeiro a Bangkok com uma conexão. De São Paulo partem vôos de todas essas, também com uma conexão, e ainda da Swiss, Turkish Airlines, Etihad e Qatar Airways.
São dois vôos longos, e viajar com uma cia. aérea bacana faz uma boa diferença.
Eu voei de Turkish Airlines, classe econômica, e gostei bastante do serviço, embora o avião que faça o trajeto mais comprido (um Airbus A340-300, entre São Paulo e Istambul) seja sensivelmente menos confortável do que a aeronave do trajeto mais curto (um Boeing 777-300ER, entre Istambul e Bangkok).
Na ida, até que tudo bem, mas na volta é um downgrade que pesa.
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Deslocamentos internos
Entre cidades próximas o deslocamento pode ser feito de ônibus ou trem, mas quando for possível ir de avião, vá de avião. Os preços são bons e há diversas companhias para escolher. Eu voei de Thai Airways – ou, como diria o Riq, a Singapore da Tailândia.
Os vôos foram confortáveis e pontuais, e a companhia tem a vantagem de fazer parte da Star Alliance. Além dela, a Bangkok Airways é conhecida pelos mimos aos passageiros, e low-costs como a Air Asia e a Nok Air servem de alternativa econômica para quem viaja com pouca bagagem.
O que visitar
Bangkok, Chiang Mai, Krabi e Koh Phi Phi são um pacote básico para uma primeira vez na Tailândia. É uma viagem que cabe em 18 dias, de forma confortável, e em que se pode explorar um pouco do norte (Chiang Mai) e um pouco do sul (Krabi e Koh Phi Phi), além da alvoroçada capital tailandesa.
Mergulhadores vão gostar das Ilhas Similan; baladeiros, de Koh Phangan; amantes de história, de Sukhothai e Ayutthaya. O mais bacana de uma viagem pelo país é justamente aproveitar as curtas distâncias para visitar regiões diferentes e os seus contrastes.
Entre as principais atrações estão o Grande Palácio Real, em Bangkok; os elefantes, em Chiang Mai e Chiang Rai (ainda que uma atração um bocado controversa); as ruínas de Ayutthaya e Sukhothai; as muitas praias e ilhas ao sul; os templos budistas, grandiosos ou pequeninos, por toda parte; a surpreendente culinária tailandesa.
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Moeda e câmbio
A moeda tailandesa é o baht. Na cotação de junho de 2014, 1 dólar vale 32 baht.
Fazer câmbio é fácil. Os bancos SCB e TMB têm guichês de câmbio por toda parte, com cotações bastante próximas (veja aqui e aqui). Bilhetes de 50 e 100 dólares valem um pouco mais para troca do que as notas miúdas.
Hotéis, restaurantes e lojas aceitam cartões, mas é bom ter dinheiro vivo para usar nas compras de valor mais baixo. Sobre saques de caixa eletrônico são cobradas tarifas entre 150 e 180 baht.
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Transporte
Os táxis são baratos na Tailândia. Cuide apenas de pedir que o relógio seja ligado (em inglês, “taximeter” ou “meter”), já que alguns motoristas preferem tentar negociar o preço da corrida.
Tenha à mão o nome e o endereço do destino escritos no alfabeto tailandês, e também o endereço do seu hotel, para voltar. Os folclóricos tuk-tuks podem custar mais caro do que os táxis.
Combine o preço antes de subir e evite aqueles passeios que incluem paradas pelo caminho – o motorista pode insistir para que você visite uma ou duas lojas de parceiros.
Em Bangkok, aproveite o metrô de superfície Skytrain e os ferries que atravessam o rio Chao Phraya para escapar do trânsito.
Alugar carro não é a melhor das idéias em um lugar onde se dirige na mão inglesa e o idioma não é nada familiar.
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Reembolso de IVA
Na hora das compras mais “sérias”, leve o seu passaporte e fique atento ao selinho azul de VAT Refund for Tourists (VRT) pelas vitrines. Nestas lojas, turistas têm direito a reembolso de imposto nas compras de valor superior a 2.000 baht (por cada compra, sem somar notinhas).
Vale a pena pedir: são 7% de volta, que já cobrem o IOF O reembolso é recolhido no aeroporto. Não despache as compras antes de ir ao guichê; é preciso mostrar os itens ao fiscal
Comunicação e costumes
Os tailandeses são muito cordiais com os turistas e não economizam nos sorrisos. Devolva a simpatia saudando como um tailandês: junte as palmas das mãos, curve-se ligeiramente e cumprimente dizendo sawatdee ka (se você é mulher) ou sawatdee krap (se você é homem).
Em locais turísticos será fácil encontrar quem fale inglês, e os cardápios muitas vezes vêm com traduções ou figurinhas.
Faz um calor tremendo na Tailândia, mas os tailandeses não têm hábito de usar roupas curtas, decotadas ou cavadas. Para visitar os templos, homens devem usar calça comprida e blusas com manga.
Mulheres devem usar calça comprida, saias ou vestidos com comprimento abaixo do joelho, e blusas com manga. Caso a sua roupa seja inadequada para entrar no local, será necessário alugar uma echarpe ou sarongue.
É solicitado que se tire os sapatos, também.
95% dos tailandeses são budistas. Tire fotos dos monges, dos templos e junto às imagens de Buda de maneira respeitosa. Trate as imagens do rei Bhumibol Adulyadej e de sua família com o mesmo respeito – ele é como um pai para os tailandeses.
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Despesas
Os preços assustam na Tailândia – são tão baixos que a gente nem acredita.
As diárias no Ibis mais bem localizado de Bangkok ficam na casa dos 100 reais. Massagens nos pés por meia hora, 15 reais. Um bom almoço, até menos. Lembrancinhas podem custar centavos.
Não por acaso, a Tailândia é um paraíso para os mochileiros. Mas também permite algumas extravagâncias difíceis de bancar em outros países. Aproveite!
Mariana viajou a convite da Embaixada Real da Tailândia.
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110 comentários
Olá, Boia
Acabei de chegar do Sudeste Asiático e me deu vontade de escrever sobre esta experiência. Não sou bloqueira, apenas uma viajante encantada com as belezas de lá, e com as dúvidas antes de ir bem frescas na cabeça, rsrs! Há espaço para este relato aqui no Viagem na viagem?
Olá, Cristiane! Agradecemos a gentileza, mas no momento não dispomos de equipe para editar relatos de leitores.
Ola Cristiane, estou planejando ir a Tailandia e gostaria de saber da sua experiência já que você não conseguiu espaço no viaje na viagem. Não sei nada ainda e como você foi a pouco tempo seria interessante saber pois o post deles sobre lá é muito antigo. Se quiser e puder me ajudar agradeço imensamente.
Como é a relação no país com casais gays?
Olá, Guilherme! A Tailândia encara a homossexualidade de uma maneira mais natural até que o Ocidente.
Ola… Nessa sugestão para quem vai pela 1a vez, esta aquelas lindas praias? Queria muito conhecer, porem so consigo uma viajem pr passar 10 dias. É possivel?
Olá, Andrea!
Temos este relato aqui com praias:
https://www.viajenaviagem.com/tailandia-bangkok-praias-dicas/
Obrigada pelo post! É de muita ajuda. Encontrei seu post pois estou procurando sobre a Turkish Airlines. Vi que as passagens Guarulhos – Bangkok estão mais em conta na Turkish, mas não tenho certeza se brasileiros precisam de visto de trânsito. Pretendo ficar no aeroporto de Istambul enquanto espero o voo seguinte. Um visto não é necessário, correto?
Obrigada mais uma vez e abraço.
OLá, Jade! Brasileiros não precisam de visto para a Turquia para estadas até 90 dias.