Rio: às terças, o MAR é de todos
O Museu de Arte do Rio (MAR) foi inaugurado em março deste ano e já se tornou um dos símbolos da cidade. A começar pela arquitetura: dois prédios recuperados de estilos bastante distintos, um palacete e um edifício modernista, unidos por uma cobertura de concreto no formato de onda. Depois, pelo programão que é o passeio no MAR, com exposições que contam a história do Rio de Janeiro e do Brasil através de obras e documentos de diferentes épocas.
Às terças-feiras, o programão vira um programaço, com ingresso gratuito para todos. (Nesta terça, quando estive lá, o museu estava cheio, mas não lotado.)
É só passar na bilheteria e retirar as entradas, e o folder com as exposições e atividades em cartaz.
A visita ao MAR começa pelo prédio modernista (e moderninho, depois das obras), que se chama Escola do Olhar. É onde fica a administração do museu, e também onde acontecem debates e oficinas. No térreo deste prédio estão os elevadores que dão acesso direto ao último andar do museu. A idéia é que a visita se dê de cima para baixo.
Na cobertura, a porta do elevador se abre e… UAU. O impacto se dá pela vista da Baía de Guanabara, claro, mas não menos pelos gigantescos guindastes e prédios comerciais do entorno da Praça Mauá. A área está um verdadeiro canteiro de obras. De cima dá para ver onde vem sendo construído o Museu do Amanhã, dedicado às Ciências e com projeto assinado por Santiago Calatrava. É curioso imaginar como aquela região, por muito tempo mal cuidada, estará completamente diferente dentro de alguns anos.
Descendo um lance de escadas, os visitantes têm acesso à passarela que liga a Escola do Olhar ao Pavilhão de Exposições, como foi apelidado o palacete Dom João VI (onde Dom João, de fato, nunca morou; a homenagem é póstuma). O prédio, que esteve abandonado por décadas, agora abriga quatro andares de salas de exposição.
Todas as exposições são temporárias, e muito do que está exposto vêm de colecionadores particulares. O maior sucesso em cartaz é a “Rio de Imagens: uma paisagem em construção”. O público é convidado a conhecer telas, projetos, fotos, vídeos e objetos que retratam, documentam e homenageiam a cidade, e que datam desde mil oitocentos e pouquinho até os dias atuais. Há verdadeiros tesouros da época em que o Rio era a capital do Brasil; paisagens quase desertas e desenhos panorâmicos da cidade feitos em meados de 1800, mapas antigos com lugares que nem existem mais (como assim, Praia de D. Manuel?) e projetos de lindos edifícios do século passado. Dá uma saudade danada desse lugar que nem conhecemos.
A exposição “Rio de Imagens” fica em cartaz até o dia 28/7. Se ainda não viu, aproveite estes últimos dias.
Não impressionam menos as outras exposições que estão por lá: a “Vontade Construtiva na Coleção Fadel” tem quadros dos grandes Volpi, Tarsila do Amaral, Lygia Clark e até Millôr Fernandes. Fica em cartaz até 20 de outubro. A “O CO-LE-CIO-NA-DOR” é um desbunde: oito movimentos artísticos em mais de 130 obras emprestadas pelo colecionador Jean Boghici, um romeno radicado em Copacabana que tem uma biografia tão impressionante quanto o seu acervo pessoal. Infelizmente não era permitido tirar fotos da coleção para registrar aqui. Não deixe de ver pessoalmente, até 22 de setembro.
Há mais dois andares com salas de exposições; um, na Escola do Olhar, que pulei sem querer. Outro, no Pavilhão de Exposições, mas que estava fechado para desmontagem. A visita completa ao MAR leva de duas a três horas.
O MAR fica na Praça Mauá, no Centro do Rio de Janeiro (zona portuária). Abre de terça-feira a domingo, de 10h às 17h. Os ingressos custam 8 reais de quarta a domingo, e são grátis às terças. Jovens de até 21 anos, estudantes e portadores de necessidades especiais pagam meia de quarta a domingo. Idosos a partir de 60 anos têm entrada gratuita todos os dias. Veja como chegar e mais informações no site do MAR.
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Comentários
Essa informação sobre gratuidade ainda é atual?
Olá, Lucas! Não mais. Vamos apagar o post.
Essa informação quanto à gratuidade ainda é válida?
Olá, Luis Roberto! Desde a reabertura na pandemia o museu só funciona de quinta a domingo.
Visitei em junho de 2013 e fiquei encantada! Museu lindo para quem ama o Rio um passeio imperdível!
Lindo museu. Com certeza passarei lá quando for ao Rio. Valeu a dica das terças-feiras!
O MAR é um museu de primeiro mundo. Sua visita é imperdível.
“Casa de ferreiro, espeto de pau”. Acredita, que eu trabalho alí colado e ainda não fui ? Sofro diariamente com essa obra faraônica que está sendo feita na zona portuária e pelo menos mereço um ingresso gratuito. Ha,ha,ha !
Obrigada pelo serviço, estou doida para conhecer também!
Interessante, nunca tinha ouvido falar. Há tempos que quero ir pro Rio e passear bem pelo centro histórico, ir aos museus, etc, pq só fui mesmo ao Cristo Redentor e Pão de Açúcar, com uma passada no Sambódromo, nem Jardim Botânico eu fui! (já fui umas 4 vezes ao Rio, mas sempre rapidinho)
Tá na listinha, vou fazer uma visita em breve 😉