Menu do dia: micos em restaurantes (conte o seu!)
Lembre das suas histórias de viagem mais engraçadas. Garanto que pelo menos uma delas aconteceu em algum restaurante. Não há curso de idiomas que dê conta de nos preparar para a variedade de termos que encontramos nos cardápios mundo afora. E, mesmo quando estamos certos do que escolhemos, a versão local de um prato que nos é familiar pode causar uma tremenda surpresa.
Exemplo? Na seção de “ensaladas” de um menu de almoço em Buenos Aires constava um corriqueiro “salpicón”. Confirmei com o garçom do que se tratava e, pelo que entendi, a salada seria basicamente como o nosso salpicão brasileiro, com frango e cenoura. Quando o prato chegou, descobri que, na verdade, a versão argentina da salada leva um inusitado ingrediente. Acredite ou não, o salpicão hermano tem… arroz (!), e parece mais com uma canja fria, sem o caldo.
Existe coisa mais complicada do que tentar adivinhar cortes de carne e tipos de peixe? No cursinho de inglês a gente aprende fish e beef, mas nos restaurantes encontramos mackerel, grouper, rump steak, brisket. Ainda bem que, na dúvida, galinha normalmente se apresenta como chicken, mesmo.
E quando estamos em um país onde não sabemos quase nada do idioma? Em lanchonetes ou carrocinhas, dá até para apontar e pedir o que parecer mais apetitoso; nos restaurantes, cada cardápio se torna praticamente uma aventura.
Enfim: quem nunca comeu, digo, pagou mico em restaurante? Queremos saber o seu! Estranhou muito o nome de um ingrediente? Achou que estava pedindo um prato, mas veio outro? Escolheu uma comida sem ter idéia do que era?
Conte pra gente!
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Comentários
Meus micos: numa noite fria, em Paris, pedi como entrada uma “terrine”, pensando que fosse uma sopa servida em terrina, mas era uma fatia de paté fria com pepinos em conserva. Outra vez, lá também, pedi um steak tartar imaginando um filé com molho tártaro, mas era carne moída crua, algo como o quibe cru dos nossos restaurantes “árabes”. Ainda por cima veio um ovo cru, literalmente por cima… Em Buenos Aires pedi uma parrillada pensando que fosse churrasco mas vieram umas carnes nada suculentas, assadas numa bandeja, e com pedaços de fígado e rins. Estes eu até comeria se fossem feitos à nossa moda… Já na Itália, pedi uma zuppa inglese pensando que fosse sopa, o que espantou o garçom, que nunca tinha visto um cliente pedir uma sobremesa para começar. Mas o pior de tudo aconteceu no interior da França: faminto às 4 da tarde, e sem encontrar um restaurante aberto, entrei numa confeitaria pensando em comer algo salgado e escolhi, no cardápio, um “macaron” que nada tinha a ver com a macarronada que me mataria a fome.
Bom, o meu mico culinário ocorreu em uma viagem à China. Assim que fizemos o check in do hotel, resolvemos jantar no restaurante de lá, pois estávamos exaustos e famintos. Diga-se de passagem que entender as traduções dos pratos no menu em inglês já era uma dificuldade, até que resolvi provar o famoso pato de Pequim, iguaria chinesa. No entanto, o garçon me explicou que o prato em questão estava em falta. Pedi uma sugestão e ele me falou sobre um prato similar e apontou para a mesa ao lado, na qual o aludido prato havia sido pedido. Achamos o prato muito vistoso e resolvemos tentar! Gente…era ganso…e a parte dele que foi servida eu nem consigo descrever…mais parecia uma cartilagem!!! Resultado: comemos apenas as verduras que o acompanhavam, além do arroz (tipo yakmeshi) e fomos dormir ainda com fome!
não tô lembrando nenhum mico meu, mas lembrei o de uma amiga que na Argentina pediu um pastel de calabaza (torta de abóbora) achando que era um pastel de calabresa HAHA
Nossa surpresa foi em Porto. Pedimos Salpicão e veio um tipo de salaminho. Muito gostoso, mas nada do que esperávamos.
O meu não envolve nada estranho, foi só desatenção, mas foi bem desagradável. Em Londres, tinha que tomar café perto da estação de Victoria station. Todo dia ia no Pimlico Fresh (super recomendo), mas um dia lá estava muito cheio e fui no Le Pain Quotidien, pedi um croissant, estava em falta, resolvi pedir então uma baguete com queijo e presunto anunciada no quadro negro. Quando chegou quase caí pra trás, era um sanduichão (odeio muita comida no prato) e com uma salada verde. Ok pra almoço, mas pra café da manhã… Quando dei a primeira mordida outro susto. Vinha cheio de mostarda. Écati!! De manhã, comer mostarda eu não consigo. Deixei tudo no prato.
Já faz muito tempo, numa das primeiras trips que fizemos eu e o marido de carro, em Key West, Florida, depois de dias comendo “mac donalds, pizza hut e subways” da vida, escolhemos um restaurante simpático perto da praia para almoçar de verdade. Ignoramos o lado direito do cardápio, eu escolhi camarão e ele, sedendo por um bifão pediu um escalope. Meu camarão veio maravilhoso mas ele, até hoje não sabe o que comeu, pois parecia uma espécie de cobra do mar em rodelinhas (hoje penso se não seria um molusco), sem sabor e com consistência estranhíssima. Insisti que ele trocasse o prato ou comesse o meu e ele recusou. Comeu com ódio, mas comeu.
Silvia,
O que seu marido comeu foram vieiras(scallops em ingles).Que pena que ele nao gostou,pois os frutos do mar em Key West sao otimos.
Minha primeira viagem internacional e sozinha foi para Bariloche e eu fui para o super comentado Boliche del Alberto e para não ter erro pedi um espaguete com cogulemos. Eu lá jurando que ia ser com champignon que por sinal adoro. Me chega o macarrão com aqueles enormes e pretos cogumelos.O que me restou foi comer só o macarrão e morrendo de nojo.
Sou obrigada a admitir que paguei o maior mico num jantar com o meu marido… Estávamos em Paris, hospedados na casa dos meus pais (que na época moravam por lá), com minha filha de dois anos em pleno inverno. Vale destacar que o meu francês deixa muito a desejar…
Bem, em uma das noites das nossas férias minha mãe e minha irmã generosamente se ofereceram para cuidar da minha filha para que pudéssemos fazer um jantar romântico. Fomos a uma brasserie de quase 200 anos. O lugar era lindo! E o cardápio super clássico e apenas em francês.
Meu marido pediu o tradicional filé ao poivre e eu, crente que mandava super bem no francês, olhei bem o cardápio e pedi “rognons”.
Passados alguns segundos, ele me perguntou se eu tinha ideia do que ia comer. Falei que não, mas que com certeza seria incrível. E ainda tirei onda com o conservadorismo dele na escolha.
Na hora de trazer os pratos, é claro, que o filé estava super apetitoso e delicioso. Já eu? Recebi um prato de rins de boi e ainda tive que fazer cara de quem estava adorando.
ai ai…
nunca mais pedi um prato sem saber o que era mas ainda hoje (dois anos depois) sou vítima de brincadeiras na família
Meu mico não foi exatamente com a comida. Em Florença, viajando sozinha, fiz amizade com uma hóspede do hotel em que eu estava durante o café da manhã. À tardinha, enquanto eu fazia uma refeição num restaurante, a moça chegou, sem termo combinado nada. Eu estava tão enclouquecida com a cidade! Enquanto nos cumprimentávamos, eu gesticulava como uma louca, e numa dessas viradas de mão, meu anel gigantesco voou do meu dedo e acertou em cheio a testa de uma mulher do outro lado do salão que óbvio, soltou o maior berro! Juntou garçon, gerente, mas como ninguém sabia de onde tinha vindo o anel assassino, eu fiz cara de azulejo, paguei a conta e sai!
Em Florença fomos provar a famosa Bisteca Fiorentina em um restaurante indicado por amigos italianos. Uma das pessoas que estava comigo nao comia carne mal passada, perguntamos como seria a tal da bisteca e concluimos que dava pra encarar. Ao chegar o prato, para nosso espanto era um enorme pedaço de carne com osso assustada no fogo, que até para mim que gosto de carne entre no ponto e mal passada estava crua demais. Educadamente solicitamos ao garçom que passasse um pouco mais a carne. A resposta … No, la bisteca è cosi.
Só nos restou rir da situaçao e encarar o boi berrando, pra Re só restou as bordas que estavam levente cozidas.