Guia de Amsterdã
Amsterdã a pé: roteiro para a mais bonita caminhada pelos canais
Amsterdã é dessas cidades feitas para você se perder e fazer suas próprias descobertas ao acaso. Mas… e se você não tiver tempo para se perder? Ou se você preferir primeiro se localizar, pra depois se perder com mais propriedade?
Em qualquer um desses casos, esse roteiro para curtir Amsterdã à pé, vai levar você pelos canais que são o filé da área central da cidade. Garanto para você uma seqüência de oh!s e no mínimo uns três ou quatro uau!s.
Quanto tempo leva esta caminhada pelos canais?
O itinerário completo desse roteiro Amsterdã à pé, com visitas às atrações no caminho (Casa de Anne Frank, Museu da Casa-Barco, Begijnhof, Sinagoga Portuguesa, Museu-Casa de Rembrandt) pode tomar um dia inteiro de sólida turistagem.
Se você não fizer nenhuma das visitas, pode completar o circuito com calma em quatro horas, com paradas para reabastecer.
Fazendo a linha The Flash, dá para percorrer os 6 km em menos de duas horas. Mas não corra! Não vale a pena.
O que você NÃO vai ver nessa caminhada pelos canais
Este roteiro passa longe da Museumplein, onde estão os museus mais visitados de Amsterdã, e não é nada prático para encaixar a Heineken Experience.
Caminhada pelos canais de Amsterdã: um roteiro prático
Nosso ponto de partida para o roteiro Amsterdã à pé é a estação Centraal, destino da maioria dos bondes que circulam pelo centro.
Caso você vá visitar a Casa de Anne Frank, programe a saída para pelo menos 90 minutos antes da hora marcada da visita (assim você vai ter tempo de fazer pelo menos uma paradinha para tomar café, sem pressão do relógio).
Do portão principal, saia pela direita, na direção do Ibis. Antes de chegar ao Ibis, vire à esquerda e atravesse a pontezinha. Você vai passar ao lado de um posto de venda de passeio de barco.
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Atravesse a avenidona até a calçada do Café Capershoek. Siga pela direita. Te prometo que rapidinho a gente deixa esse burburinho para trás.
Uma quadra adiante, tcharam: chegamos ao canal Singel. Atravesse para a outra margem.
Siga à esquerda. Você vai passar uma rua que pode ser útil nos próximos dias: a Haarlemmerstraat tem restaurantezinhos simpáticos e baratos para uma refeição sem maiores pretensões.
Mais um pouco e você chega ao Brouwersgracht, primeiro momento Roberto Carlos (quando eu estou aqui/eu vivo esse momento lindo) do passeio.
Nas próximas três quadras, você vai passar por mais três cruzamentos de canais, já que o Brouwersgracht cruza com o Herengracht, o Keizersgracht e o Prinsengracht. A gente mal começou a caminhada, e você já pode ser acometido por uma súbita overdose de canais fotogênicos.
Sim: conforme você deve ter intuído, ‘gracht’ quer dizer canal. Eventualmente você verá algum ‘gracht’ que foi aterrado e virou rua, mas a maioria continua navegável.
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Caso você faça questão de falar direito, a pronúncia é RRRR-rá-RR-t — o “g” tem som de “r” gutural, o segundo “r” é fraco, como em “aroma”, e o “ch” também é pronunciado na garganta, mas um pouco menos gutural que o “g”. Ou assim me soa…
No Prinsengracht, atravesse para a outra margem e vire à esquerda.
Em apenas uma quadra você chega à Noordermarkt, a praça da igreja Noordenkerk. Se for segunda-feira, você vai encontrar um pequeno mercado de pulgas; se for sábado, é a vez da feira de produtos orgânicos.
A próxima esquina é a da Westerstraat. Anote o nome e a localização: esta é uma das melhores portas de entrada para o bairro do Jordaan, onde você deverá voltar outro dia para passar em revista as lojinhas ou escolher um restaurantezinho charmoso.
Na esquina com a praça, outra alternativa de pit-stop: o café Winkel 43, cuja torta de maçã causa uma fila permanente na porta.
Siga em frente apreciando as belezuras do Prinsengracht.
(Se estiver com tempo para um desvio de 15 minutinhos, dê uma escapadinha do Prinsengracht na próxima ponte à esquerda, que vai dar na Prinsenstraat. Continue até o Singel, então vire à direita e suba de volta ao Prinsengracht pelo canal Leliegracht, que é a próxima à direita. Chegando de novo ao Prinsengracht, volte meia quadra para retomar o passeio à altura do próximo parágrafo.)
Uma quadra antes da casa de Anne Frank, quem estiver na margem oposta vai ver um dos canais mais bonitos do passeio: o Egelantiersgracht. Sortudo de quem conseguir uma mesa à beira-canal no ‘t Smalle.
Não falei que a gente ia levar pelo menos uma hora e meia até a Casa de Anne Frank? (Se você for do tipo superflanador/parador, talvez valha a pena iniciar a caminhada duas horas antes da hora marcada no seu ingresso.
Aliás, lembre-se: agora só dá para comprar o ingresso online para o museu Casa de Anne Frank. As vendas começam 2 meses antes da data.
Mas qualquer problema com horário é facilmente ajustável: a partir do Brouwersgracht, lá no início do post, você estará a no máximo 15 minutos de caminhada do museu.
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Pode interromper a caminhada a qualquer momento e retomar de onde parou. Se chegar muito antes da hora, também dá para continuar o circuito, voltar para a visita e depois seguir de onde interrompeu.
Informações práticas
Reestraat
Ali começa a região conhecida como 9 Straajies, ou “9 ruazinhas”. São na verdade três ruas de comércio que ganham nomes diferentes em cada trecho entre os canais Prinsen, Keizers, Heren e Singel. Eu não acho nada demais nelas; no quesito descobrir lojinhas, o Jordaan é bem mais interessante. Mas já que estamos aqui, o que custa fazer um ziguezague, certo?
Quando você voltar pela Berentraat, procure um barco na margem de fora do Prinsengracht: trata-se do Museu da Casa-Barco, que oferece uma oportunidade bacana de entender como se vive numa embarcação estacionada num canal de Amsterdã. Veja mais detalhes da visita aqui.
Informações práticas
Antes de virar à direita na próxima ponte (da Runstraat), olhe para o canal da esquerda — é o Looiersgracht; a foto do alto do post é de lá.
O que fazer em Amsterdã:
A Runstraat leva às últimas das três ruazinhas das 9 Straatjes. Siga em frente ao final da última delas, a Weide Heisteeg. Você vai atravessar o canal Singel, continuar por uma ruela e dar na praça Spui. Ali, procure uma portinha do seu lado esquerdo.
Esta portinha leva a um jardim escondido no centro de Amsterdã: o Begijnhof (diga: Berréin-rôf).
Aqui moravam as beguinas, uma ordem de católicas celibatárias formadas no século XII. É possível visitar a capela e a igreja presbiteriana — mas o barato está mesmo em ver aquele claustro verde circundado por casas antiqüíssimas.
Informações práticas
Ao sair, vá em direção ao Singel, atravesse o canal e vire à esquerda na outra margem. Você logo chegará ao Mercado de Flores, que funciona menos como uma floricultura e mais como uma feira de jardinagem: é onde os amsterdamers compram sementes e mudas para suas plantas e flores de casa.
Informações práticas
Quando a rua acabar, vire à esquerda e pegue logo a primeira da direita, a Reguliersbreestraat. É uma rua de comércio central.
Fizemos este desvio para dar uma espiadinha na fachada e no saguão do cinema Pathé Tuschinski, que tem um estilo estranhíssimo meio gótico, meio art-nouveau.
É possível também que você esteja com fome; para uma refeição rápida e cumplidora recomendo a portinha do Wok to Walk, que é tipo um China in Box só que thai.
No fim da rua você chega à Rembrandtplein, que é um dos centros de balada (turística) na cidade. (A foto foi tirada do alto do QG do Booking.com; contei a visita neste post).
Se for o caso, volte mais tarde. Nesse momento, vire à esquerda na Halvemaansteeg, que leva à beira do rio Amstel. Tome a direita, e atravesse à esquerda a ponte Blauwbrug. Você vai chegar à Waterlooplein mas já vai pegar a primeira ruazinha à direita, a Nieuwe Amstelstraat.
Em duas quadrinhas você chega à Sinagoga Portuguesa, uma das atrações mais injustamente subestimadas da cidade. Atenção para os horários de visitação: leia mais aqui.
Informações práticas
A Sinagoga está pertinho de outra atração considerada fora de mão: o Museu-Casa de Rembrandt: é só seguir a Jodenbreestraat. Se está com tempo, entre para ver onde o grande mestre morou e pintou. Mais informações, aqui.
Informações práticas
Vou fazer você andar dois quarteirões por uma das ruas mais sem-graça de Amsterdã, a Sint Antoniebreestraat. Mas você vai desembocar no Niewmarkt, que é uma região bacana para parar e recuperar as energias para o trecho final do passeio.
A partir daqui, a idéia é se perder pelo coração medieval de Amsterdã. Se você quer saber onde fica o Bairro da Luz Vermelha, é só procurar no entorno da igreja Oude Kerk.
Cuidado com os bolsos e as bolsas, essa região é uma das preferidas dos mãos-leves! Use a mochila para a frente e aproveite o fim da caminhada, que está cheio de ângulos instagramáveis. (E não custa lembrar: é proibido fotografar as vitrines com as moças aparecendo!)
A estação está pertinho, não tem como você não chegar. Foi lindo pra você também? Boa continuação de viagem!
Ricardo Freire voou à Holanda a convite da KLM
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32 comentários
Olá, obrigada pelas dicas. Se eu fizer essa caminhada, minha entrada para a Casa de Anne Frank será as 10:30, vc acha que de lá dá pra ir para Zaanse Schans? Ou fica puxado? Obrigada!
Olá, Daise! É possível, mas como você disse é puxado.
Gratidão!!! Fiz tudinho o roteiro!!! Valeram todas as dicas! Perfeito!! Viajando sozinha, me senti sendo acompanhada por vc todo o tempo!
Olá, Julia! Obrigada pelo feedback! A intenção é essa mesmo 🙂
Quero fazer essa viagem assim que possível. Como estão as regras para brasileiros entrarem na Europa com essa pandemia?
Olá, Sheila! Só com passaporte europeu ou compromisso de trabalho. Mas não esquente com isso agora. Turismo internacional sem stress, só depois da vacina. Segundo semestre do ano que vem.