Centro histórico de Quito: para visitar… e ficar
Chegamos em Quito num domingo pela manhã. Hospedados no centro histórico, no hotel Patio Andaluz, aproveitamos para esticar as pernas com um primeiro passeio pela vizinhança.
Mesmo num dia em que a maioria das lojas fica fechada, encontramos a Plaza Grande cheia de gente – moradores e suas famílias, turistas, vendedores ambulantes.
Fiquei pensando em como estaria vazio o centro antigo da cidade em que moro num domingo, e achei aquilo tudo muito especial.
O centro histórico de Quito é impressionante por sua extensão, preservação e também por ser um lugar ainda muito genuíno, e não apenas um bairro charmoso para gringo ver.
Quem dá valor a espiar o cotidiano de uma cidade vai ser feliz ao encontrar engraxates em ação, comércio com jeito de antigamente e comida de rua vendida em bandejas e barraquinhas, não emfood trucks.
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Atrações no centro histórico
O centro histórico de Quito tem 3,2 km² e guarda as atrações mais representativas da cidade: seus casarões com sacadas floridas, suas igrejas coloniais, suas principais praças. As construções são do gênero museu-a-céu-aberto, com representantes do século XVI até o século XX
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A Plaza Grande é a principal da cidade. Lá está o Palácio de Carondelet (García Moreno s/n, tel. 2/382-7000), sede do governo, com seu bonito pátio aberto para visitas de turistas – diz-se por aí que o presidente do Equador, Rafael Correa, de vez em quando aparece para dar um alozinho.
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Vale tentar a sorte para conseguir se encaixar numa visita guiada; os horários são de terça a domingo, entre 9h e 16h. É preciso lembrar de levar o passaporte ou a identidade para passar pela segurança, e a entrada é gratuita.
Fica logo adiante a igreja da Companhia de Jesus (Garcia Moreno y Sucre, tel. 2/258-4175), uma das obras mais importantes do período barroco na América do Sul, e garota-propaganda do centro histórico de Quito.
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Impressiona desde a fachada, em pedra vulcânica esculpida em finos detalhes, mas dentro chega a ser embasbacante.
Recoberta em ouro, tem pinturas e esculturas da chamada Escola Quitenha que também são uma preciosidade. Pode ser visitada de segunda a sexta de 9h30 às 17h30, aos sábados, de 9h30 às 16h30, e aos domingos, de 13h30 às 16h30. A entrada custa 4 dólares.
A igreja de São Francisco (Cuenca y Sucre, tel. 2/228-1124), para alguns, é ainda mais bonita, com suas dramáticas cortinas vermelhas.
É a mais antiga de Quito, construída em meados do século XVI. Junto com o convento e a praça que levam o nome do mesmo santo, formam um complexo de mais de 3 hectares. Em destaque no belíssimo altar da igreja, a imagem alada da Virgem de Quito é das mais importantes obras da Escola Quitenha.
Mas há também muita beleza em peças anônimas, esculpidas ou entalhadas em madeira, que decoram outros espaços da igreja. Fica aberta de segunda a sábado, de 9h e 17h30, e aos domingos, entre 9h e 13h. A entrada custa 2 dólares.
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Perto dali, o museu Casa del Alabado (Cuenca y Rocafuerte, tel. 2/228-0772) leva a mais alguns séculos para trás na história, com a sua coleção de milhares de peças de povos pré-colombianos do Equador. É um museu privado e bastante novo.
Abre todos os dias, entre 9h e 17h30. A entrada custa 4 dólares, com visitas guiadas gratuitas.
A Calle la Ronda é a rua mais folclórica de Quito. É o lugar para visitar ateliês e ver artesãos em ação. Turístico? Sem dúvida. Mas é um prazer conversar com quem faz o próprio produto, sejam chocolates, chapéus ou piões.
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Preste atenção ao caminhar – não por conta dos paralelepípedos, mas para não passar batido pelas casas que são galerias, como as de número 707 e 989. Vale a pena entrar e explorar com calma.
Mais tempo para passear? Então visite também o terraço do Centro Cultural Metropolitano (García Moreno 887, tel. 2/395-2300), o mirante da Virgen de El Panecillo (Gral. Melchor Aymerich) e a Basílica do Voto Nacional (Carchi 122, tel. 2/258-3891).
No site do Quito Turismo há informações detalhadas sobre todas as atrações principais da cidade.
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Hotéis em Quito
Ficar hospedado no centro histórico de Quito é uma ótima idéia. À noite pode não ser um bairro tão badalado como La Mariscal ou La Floresta, mas nem La Mariscal ou La Floresta são bairros tão badalados assim.
A exceção seria a Plaza Foch, uma espécie de Rembrandtplein quitenha. Se os tempos de ferveção universitária já passaram para você, não precisa se preocupar em se hospedar tão próximo dela.
Ou seja: para a noite, nada que uma eventual corrida de táxi, rápida e barata, não resolva.
No resto do tempo, estar hospedado no centro histórico é algo bastante prático, já que boa parte das atrações culturais de Quito ficam a uma distância caminhável dos principais hotéis.
E também é uma honra – imagine dormir e acordar em um casarão antigo, parte de um complexo que rendeu a Quito o título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.
O hotel Patio Andaluz, no coração do centro histórico, faz desse evento algo ainda mais bacana, presenteando seus hóspedes com um certificado por ter estado ali: uma antiga casa de nobres construída ao final do século XVI e hoje considerada monumento nacional.
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São apenas 32 quartos, de desenho e metragem diferentes, como em uma casa de família. Minha suíte tinha dois andares e era bastante espaçosa, com um segundo andar em que ficavam o banheiro e uma saleta.
As áreas comuns do hotel são muitas, e muito apropriadas para aquele bate-papo das horas de descanso. A clarabóia sobre o grande (e belíssimo!) pátio em que é servido o café da manhã inunda tudo de luz natural. O buffet é enxuto, mas não faltam frutas frescas e coloridas.
São também notáveis o clássico Hotel Plaza Grande, onde Frank Sinatra faz parte da trilha sonora do lobby, e o capa-de-revista Casa Gangotena, o mais elegante da região.
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E há alternativas mais econômicas , como a Casa San Marcos, o La Casona de la Ronda e o hostel Viajo Quito, todos bem-avaliados no Booking e ocupando casas espetaculares.
Você pode conhecer o centro histórico de Quito só de passagem. Mas que vai dar vontade de ficar… ah, vai.
Mariana viajou a convite de Quito Turismo.
6 comentários
Bóia, me ajuda! Já li todos os posts sobre o Equador aqui no VnV e não achei uma informação importante: Como faço para saber se as estradas de Quito para Cuenca e Guayaquil estão boas. Estou pensando em alugar um carro na minha viagem para lá.
Olá, June! Prefira o ônibus.
Olá.
É obrigatório passaporte no Equador ou nosso RG já é válido?
Obrigado
Olá, Alex! Dá pra ir só com RG. Mas a gente recomenda viajar com passaporte, evitando aborrecimentos eventuais.
https://www.brasil.gov.br/turismo/2012/04/mercosul-com-rg
Mariana, quantos dias você ficou em Quito? Foi só à capital ou combinou com outra cidade do Equador (ou Peru ou Colômbia)?
Posso pedir mais posts sobre a cidade? Andei pesquisando nos últimos meses e é tão difícil encontrar informações sobre Quito! A maior parte do que encontrei é “legal, agora você está em Quito, para chegar a Galapagos faça o seguinte”.
Olá, Carolina! A viagem foi apenas para Quito. Haverá novos posts nas próximas semanas.