Provence e Côte d’Azur no inverno: a experiência do Fernando
Vale a pena visitar Provence e Côte d’Azur no inverno? Se você pode programar as suas férias a qualquer época do ano, o melhor período para visitar essas duas regiões da França é de maio a setembro.
Nesses meses o tempo é bom e os serviços e atrações estão funcionando plenamente. Mas desconsidere agosto, mês de férias européias e de superlotação em toda parte.
Se você não tem muita escolha e só pode viajar durante o inverno na Europa… bem, o Fernando foi na frente e deixou um relato sobre a experiência que viveu.
Veja as dicas dele para não deixar de aproveitar as belezas da Provence e da Côte d’Azur na estação mais paradona do ano:
Texto e fotos | Fernando Mihalik
Estivemos no mês de janeiro passeando por 9 dias pela Provence e Côte d’Azur em dois casais, e aproveitamos muito as dicas do VnV.
O roteiro que fizemos para uma viagem com essa duração foi muito bom, principalmente para quem gosta de sair cedo, passear por todo o dia, não se preocupar em visitar tudo que está por lá, e dormir um pouco mais tarde, após um ótimo jantar.
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Os restaurantes que existem por lá são muito bons, simpáticos e com preços acessíveis. Mas vale o aviso de que no inverno muitas coisas estão fechadas, como alguns museus, algumas atrações turísticas e mesmo alguns restaurantes.
A maioria só reabre em fevereiro. Dessa forma, deu tempo para visitar várias cidades, que estavam vazias.
O tempo estava bom, embora um pouco frio. Quando o Mistral soprava, a temperatura parecia muito mais baixa.
Como eu segui muitas dicas do VnV, não pretendo repetir os destaques recomendados, mas apresentar algumas coisas que me marcaram.
Usei duas cidades como base: Cavaillon, na região de Lubéron, e Nice, na Côte d’Azur.
Chegamos a Paris, e no aeroporto pegamos um TGV até Avignon (3 horas), já à noite, onde retiramos o carro ao lado da estação. Na volta, devolvemos o carro no aeroporto de Nice, de onde voamos para Paris e depois para o Brasil.
As estradas são muito bem cuidadas e com poucos pedágios, e nessa época estavam tranquilas.
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Parte 1: Lubéron
A região de Lubéron é repleta de vilas e cidades que podem ser visitadas facilmente. Dá tranquilamente para ficar mais tempo por lá, ou visitar outras vezes.
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Lubéron tem várias cidades pequenas e médias com lugares muito simpáticos, bons restaurantes e boas acomodações.
Existem vários bed and breakfast (chambre d’hôtes) muito simpáticos e com preços razoáveis. Ficam geralmente em regiões rurais, mas próximos às cidades. Alguns deles até têm bons restaurantes.
Nosso chambre d’hôte, o Mas Saint Julien, ficava a cerca de 15 minutos de Cavaillon. Muito agradável, espaçoso e simpático, onde o café da manhã era acompanhado de um bom bate-papo com a proprietária, Sylvie, que também nos ajudava com dicas de lugares e de restaurantes nas proximidades.
Os restaurantes são muito agradáveis, com culinária formidável e preços aceitáveis. Só que muitos estavam fechados devido ao inverno.
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Em Cavaillon nós gostamos muito do Les Gérardies (140 Cours Gambetta, tel. 04-90-06-22-40), no centro ($$), mas também aprovamos o La Grange (3570 Route de Cavaillon, tel. 04-90-95- 62-87), na estrada ($$), além do badalado Prevot (53 Avenue de Verdun, tel. 04-90-71-32-43), no centro, mais sofisticado e caro ($$$).
No primeiro dia fizemos um roteiro estilo “menu de degustação”: visitamos Gordes, Roussillon, Ménerbes e Lacoste. Todas essas vilas são próximas, bem pequenas e meio parecidas, embora cada uma tenha sua particularidade; dar uma passeada a pé nelas sempre vale a pena.
Ao final do dia esticamos até Fontaine-de-Vaucluse, terminando em L’Isle-sur-la-Sorgue. Embora todas essas cidades sejam interessantes, o meu destaque foi para essas duas últimas, além de Gordes. As falésias de Roussillon estavam fechadas para visitação, uma pena.
No segundo dia fomos até Avignon (destino obrigatório), onde os destaques foram o Palácio dos Papas (Place du Palais, tel. 04-32-74-32-74) e a Ponte de Avignon, com direito a dança e tudo o mais.
Depois, demos uma passada em Châteauneuf-du-Pape, visitamos o Musée du Vin (Avenue Saint-Pierre de Luxembourg, tel. 04-90-83-70-07), e seguimos até Nîmes, que, assim como Avignon, é uma cidade de maior porte, e tem muitas coisas para visitar.
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No caminho, passamos pela impressionante Pont du Gard, aqueduto da época dos romanos, que por sua imponência vale a pena ser visto.
No terceiro dia, visitamos Saint-Rémy-de-Provence, Les Baux-de-Provence e depois esticamos até Arles. Dessas, Les Baux é a que mais chama atenção, pois é uma vila ao lado de formações rochosas muito interessantes.
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A decepção ficou por conta do fechamento do Carrières de Lumières (Route de Maillane, tel. 04-90-54-47-37) em janeiro — já suspeitávamos antes de sair do Brasil, embora o site não informasse claramente.
No quarto dia fomos a Aix-en-Provence, também uma cidade maior, com boa infraestrutura e muita coisa para se ver e fazer, desde conhecer os santons até provar os doces típicos, calissons.
No dia seguinte partimos para Nice, não pela autoroute, mas pela estrada que atravessa os campos de lavanda (nessa época não estão coloridos) e passa por Gorges du Verdon, que é um local com vista muito bonita.
Um pouco antes de Gorges, por indicação da Sylvie, passamos por uma vila encravada nas montanhas, que é uma graça: Moustiers-Sainte-Marie. Vale a pena dar uma passada por lá, e fica no caminho.
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Parte 2: Côte d’Azur
Chegando em Nice, seguimos as sugestões do Viaje na Viagem.
No primeiro dia visitamos Saint-Jean-Cap-Ferrat, Èze, La Turbie e por fim Mônaco, no caminho das três corniches ao mesmo tempo, grande sacada do Ricardo Freire.
Belas vilas, lindas vistas, impressionantes o Troféu de Augusto e a aristocrática Mônaco. Para quem curte Fórmula 1 como eu, é uma alegria passear pelas ruas da cidade fazendo o circuito do GP de Monte Carlo.
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No segundo dia fomos a Haut de Cagnes, St.-Paul-de-Vence, e Antibes. O destaque ficou para St.-Paul, acho que a mais caprichada dessas vilas, com muitos restaurantes e lojas de artigos típicos da região.
No dia seguinte passamos em Grasse e Cannes.
E no último dia aproveitamos que íamos para Roquebrune-Cap-Martin e Menton, e esticamos para San Remo, já na Itália. Tudo muito simpático, bonito e próximo.
Nosso hotel em Nice foi o West End, na Promenade des Anglais, frente ao mar, muito confortável e bom. Em Nice existem muitos bons restaurantes na Vieux-Nice – destaco o Lu-Fran Calin (5 Rue Francis Gallo, tel. 04-93-80-81-81), muito descontraído, acolhedor e cheio – dica de um funcionário do hotel.
Obrigado pelo relato, Fernando!
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10 comentários
bom roteiro
Alguém pode indicar motorista/ guia que fale português ou Espanhol para fazer esse roteiro de Van com 06 passageiras ?
De 02 a 09 de junho
Adorei o roteiro.
Estamos programando inicio de setembro e temos 10 dias.
Seria o suficiente .
aguardo retorno, obrigada
Olá, Sayonara!
Veja nosso roteiro resolvido:
https://www.viajenaviagem.com/hoteis-na-cote-dazur-e-provence-onde-voce-ficou/
Que roteiro maravilhoso! Minha viagem estava planejada para julho, mas teremos q alterar ara fevereiro ou novembro. Nesses meses vale a pena? Muito frio? Obrigada!
Olá, Leticia! Fevereiro frio e novembro tempo horrível. Viaje para esta região entre maio e setembro, início de outubro no máximo.
Ótima matéria! Uma viagem maravilhosa e inesquecível!
Vou à região em Abril deste 2020. Vou aproveitar suas dicas.
Fenomenal. Já estive nestes lugares e são incríveis.. ! Relato ótimo é confiável
é impressão minha ou faltou u dia para conhecer nice nesse roteiro??
Acho que essas dicas também valem para início de novembro. Vou testar e conto na volta!