Miami: curtindo o melhor de South Beach, sem carro (por Sylvia Lemos)

Enviada especial | Sylvia Lemos

I | O hotel

Numa localização pedaçuda de South Beach, foi inaugurado na semana passada o primeiro hotel do grupo português Pestana na América do Norte. Dos edifícios construídos na década de 40 e totalmente remodelados internamente, nasceram cem apartamentos amplos,com mobiliário contemporâneo em cores claras e todo o conforto necessário ao descanso dos hóspedes.

Viajei numa cápsula do tempo. Inacreditável encontrar uma área silenciosa com prédios baixos pintados em cores pastéis, sem cercas, com sofás na varanda aberta, nenhum barulho de trânsito, sem algazarra de hóspedes.

A agitada e efervescente South Beach está a dois minutos de caminhada, a praia com água transparente e morna na maior parte do ano está a duas quadras, e o melhor pedaço da área para circular — Lincoln Road Mall — está a apenas três quadras.

A segurança é um ponto forte desta região. Circulei a pé sozinha de dia e a noite e me senti absolutamente confortável.

O diferencial do Pestana South Beach está na equipe de colaboradores. A descontração, atenção e simpatia de todos é contagiante. Uma atmosfera de praia, um jeito de casa-da-gente, café da manhã ao estilo brazuca, e um super-mega bônus para os turistas brasileiros: o idioma oficial é o português

Muitos colaboradores são brasileiros, e os que são de outras nacionalidades compreendem o português, o portunhol e todas as suas variantes.Vai por mim: procurando hospedagem em Miami, vá direto a 1817 James Avenue e leve um abraço ao João, o querido e simpático português que gerencia o hotel, e que também é um apaixonado pelas terras brasileiras .

(PS: O wifi do hotel é free , estável e com boa velocidade.)

My South Beach

Para mim, South Beach funcionou assim:

II | A praia

À altura da 18th Street,  a barraca do Pedro (vermelha e branca, bem na frente da rua) tem convênio com alguns hotéis. Hóspedes do Pestana South Beach têm um bom desconto e pagam cinco dólares por todo o dia de uso por cada espreguiçadeira com almofada e dez dólares pelo ombrellone (peça um cartão no hotel).

O Pedro também entende português, habla espanhol, e tem um bom cardápio de petiscos e bebidas com preços na faixa.

A água do mar costuma ser limpa, transparente, esverdeada, e tende a ser um pouco mais fria entre novembro e abril (mas é muito mais quente que no Rio).

III | A comida

Tem de tudo para todos os gostos e bolsos. Juntinho do Pestana tem várias opções: o Maxine’s fica aberto 24 horas, tem mesas na rua e um ambiente interno kitsch; no Sultan comi uma ótima salada grega numa das oito mesas na calçada. Duas delis pequenas e muito próximas do hotel têm de tudo um pouco.

Na Lincoln Road gostei muito da cozinha correta e bem temperada com massas no ponto certo da Rosinella Trattoria (toldo verde, junto da Drexel Ave). Sorveterias, cafés, bistrôs, restaurantes de todas as bandeiras são fáceis de encontrar para almoço e jantar.

Uma ótima opção para a noite é andar mais duas quadras pela Washington até a Española Way: uma rua de pedestres colorida, animada e simpática com várias opções do cubano ao espanhol, passando pelo italiano.

IV | South Beach e compras sem carro

Carro: não é necessário para circular em South Beach. Garagens são caras e é bem difícil encontrar local na rua.

Táxis: são fáceis de encontrar e tem tarifas razoáveis. São ótimos para três ou quatro pessoas. (Usei duas vezes, e paguei em um torno de um dólar por quadra; a volta para o aeroporto custou US$ 31.)

Ônibus: passam a toda hora e em poucos minutos levam aos destinos turísticos em South Beach e também ao Aventura Mall e aeroporto. Custam US$ 2,25 (os ônibus que levam para fora do bairro) ou uma moedinha de 25 cents (o ônibus local azul). Para se deslocar entre a 20th St. e a East 8th St. em South Beach o ônibus que circula na Washington é perfeito. Para se deslocar entre a 20th St. e a West 5th St. em South Beach use o ônibus que circula na Alton Road. Não há troco, tenha o dinheiro certo em mãos.

Bikes, Segways e afins: são alugados por toda a parte com tarifas camaradas.

A pé: caminhar é excelente para circular em South Beach. Da 20th St. até Lincoln Road e a Española Way o caminho é agradável e seguro tanto pela Collins como pela Washington (acho mais bonita).

Para Downtown: pergunte as opções ao concierge do hotel  e use a dupla onibus + táxi ou trolley se for necessário para chegar ao destino (ônibus até a estação de transbordo, depois táxi ou trolley).

Veja os detalhes do transporte público neste post abaixo, atualizado pelo Ricardo Freire:

• Miami sem carro: como passear e ir às compras de ônibus

V | O que vestir

Leve (ou compre lá) o mesmo que usaria no Rio de Janeiro: bermudas, shorts, havaianas, etc. Lembre sempre de ir vestido para a praia e piscina (não se vê roupa de banho na rua) e circule todo o tempo com filtro solar e chapéu 🙂

À noite o dress-code é variável conforme o destino, mas costuma ser bastante casual.

Excêntricos também são bem vindos!

VI | Compras

Na Collins entre a 8th St. e a 5th St. tem Armani, Benneton, Gap, Lewis, Mac, Mango, Puma, Ralph Lauren, Sephora, Tommy, UGG, Victoria’s Secret,  Zara e uma nova Walgreens, entre outras.

Na Fifth & Alton, num shopping com instalação do Botero na entrada principal tem Best Buy, Ross, Staples, T.J.Maxx e um supermercado Publix.

A Lincoln Road Mall é uma rua de pedestres, com todo o mix de produtos de um shopping center . Lojas de várias marcas , das grifadas às mais procuradas como Apple Store, H&M, Forever21, Macy’s (para chegar fácil, use a saída dos fundos da Forever21) , Victoria’s Secret entre tantas outras.

Lojinhas de turista (que são lojões gigantes) estão nas primeiras quadras e podem ter produtos duvidosos a preços exorbitantes 😉

Na quadra próxima à Lennox estão os estabelecimentos de marcas mais poderosas .Um trecho que achei bastante interessante é o que fica entre a Pennsylvania e a Jefferson  olhe também a primeira quadra destas transversais da Lincoln Road, que tem várias coisas interessantes).

VII | Ao Sawgrass Mills

Se não estiver de carro, use um trânsfer para ir ao outlet Sawgrass Mills; custa em torno de trinta dólares ida e volta, é vendido em todo lugar e é a melhor maneira de deslocamento. O outlet abre às 10h, mas se chegar antes , comece pelo Target que abre cedo. As grandes lojas, como Burlington e TJMaxx tem carrinhos grandes , como os de supermercado, que podem sair do interior da loja e circular por toda a área do shopping . Use, é de graça 😀

A outra opção é alugar por seis dólares um carrinho modelo conforto , que está disponível nas entradas de cada área.Antes de chegar, veja detalhamente o mapa da área,e marque os locais prioritários para visita ,faça uma lista detalhada do que procura, evitando perder tempo.No centro de informações tem blocos com cupons de desconto que são vendidos e que podem valer muito a pena (examine antes para ver se estão de acordo com sua lista de compras).

VIII | Quando é melhor

Nos seis dias em que estive em South Beach (só saí de lá para jantar uma noite no Bayside Market, uma manhã para um passeio em Biscayne Bay e outra para o Sawgrass Mills) percebi que as filas nas lojas são muito grandes entre as 18h e as 20h. As que ficam abertas 24 horas na Lincoln Road Mall , Walgreens e CVS têm muito gente ao entardecer, mas a CVS tem várias posições de de autopagamento e a fila anda rápido. Compare os preços entre as duas , que ficam muito próximas,antes de comprar pois as diferenças podem ser grandes. Estive em outras duas Walgreens , na 5th e na 23rd (ambas com Collins) que são novas e muito mais interessantes .

IX | Observações & pitacos

As sacolas de plástico da maioria das lojas são muito ruins de transportar, leve sempre a sua ecobag, resistente a peso e com uma alça confortável.Para um comprador convicto, sacola com rodinhas podem ser indispensáveis 😀

Numa mesma rede, os preços variam de uma loja para outra, pesquise e anote.

Preste atenção aos cartazes de preços junto das mercadorias: muitos oferecem descontos respeitáveis para a compra do segundo item ou de valores totais para uma marca/linha específica de produtos, ou para uma próxima compra, ou têm cupons ou ainda descontos adicionais no caixa.

Usei um cartão de crédito com chip, outro cartão de débito com chip, e dinheiro sem a menor dificuldade (numa única ocasião o cartão de débito com chip não foi aceito pela máquina). Não usei ATM para retirar dinheiro pois não precisei, mas elas estão por toda parte.

Impostos sempre serão acrescentados ao preço final .Em muitos restaurantes a taxa de serviço também é compulsória e vem discriminada na nota fiscal. É hábito local entregar o cc ao atendente para o pagamento, mas se não houver máquina portátil eles não se importam se o cliente levar o cartão até o caixa.

Quanto ao wifi, existe uma rede pública, mas o sinal é muito fraco. Os restaurantes não costumam disponibilizar o sinal, mas se precisar usar antes de chegar ao hotel, use o wifi dos Starbucks , que costumam ter um sinal forte até nas calçadas 😀

Sylvia Lemos viajou a convite do grupo Pestana.

[Transcrito manualmente de um post publicado em maio de 2013. Pedimos desculpas pelos comentários que não puderam ser transferidos]

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