Hong Kong: um bate-volta a Macau
Macau, como Hong Kong, é uma região administrativa especial da China. Fica ali pertinho, a oeste: o trajeto de ferry leva uma hora, saindo do terminal de Tsim Sha Tsui ou da ilha de Hong Kong.
O território compreende a península de Macau, as ilhas da Taipa e Coloane, e o aterro de Cotai. Com uma área total de 29,9 quilômetros quadrados (menor do que 4 Copacabanas), a visita cabe bem num bate-volta.
Macau é o destino favorito dos apostadores chineses. A receita dos cassinos por lá é, acreditem ou não, 6 vezes maior do que em Las Vegas. Desde a chegada no terminal marítimo já se vê alguns deles, além de construções, ahm, exóticas como um vulcão e um grandioso forte chinês do parque temático Fisherman’s Wharf.
Os cassinos merecem uma fezinha, mas o mais bacana em Macau para nós, brasileiros, é reconhecer semelhanças curiosas em um lugar tão longe de casa.
Nossos primos distantes
Macau foi ocupada pelos portugueses desde meados do século XVI até muito recentemente, sendo integrada à China como região administrativa especial apenas em 1999. Caminhar pelo centro antigo é fazer um passeio por essa história.
Templos chineses e letreiros luminosos convivem com ruas de pedra portuguesa e igrejas.
Aos pés da escadaria das Ruínas de São Paulo, as pastelarias vendem pastéis de nata e bakkwa.
Ao todo, são 25 pontos que podem ser visitados no centro histórico, que é considerado Patrimônio Mundial pela Unesco. Não se preocupe em cumprir toda a lista, mas não deixe de percorrer o caminho entre as Ruínas de São Paulo e o Largo do Senado, para admirar a arquitetura e os lindos calçadões de pedras portuguesas.
Uma atração turística involuntária é a observação de placas. Os nomes das ruas, das lojas e toda a sinalização têm versões em português e cantonês. E então, lá do outro lado do mundo, você descobre que existe um lugar chamado “Largo do Pagode da Barra”. Ou dá de cara com fachadas e placas assim:
Esse último não entendeu muito bem o espírito da coisa.
Infelizmente, a chance de bater um papo com alguém na língua de Camões é uma possibilidade remotíssima. 94% da população é chinesa e, entre eles, o idioma é muito pouco difundido.
O único português que encontramos foi o gerente do restaurante em que fomos almoçar, La Paloma, no relais-château Pousada de São Tiago.
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O hotel foi construído em um antigo forte, na parte mais ao sul da península. É um charme.
O menu do restaurante tem inspiração espanhola. Para não escapar muito do tema, fiquei com o bacalhau com batatas e com as torrijas, parentes próximas das rabanadas. Ambos espetaculares.
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Os cassinos
Um desfecho a considerar para um dia em Macau é visitar algum de seus cassinos. Muitos são de grifes conhecidas dos brasileiros. Na península de Macau ficam o MGM, Wynn e Sands, além do Grand Lisboa.
Anexo à ilha de Taipa, que é conectada à península por três pontes, fica o aterro de Cotai. Lá foi criada a Cotai Strip, uma área de cassinos inspirada na Strip de Las Vegas. Por ali ficam o Hard Rock, o Galaxy, outra filial do Sands e o Venetian, o maior cassino do mundo.
Há mais outros tantos. Porém, apesar de Macau ficar à frente de Vegas em receita, ainda não superou a Strip de Nevada no quesito entretenimento — não se vê por lá a mesma variedade de shows, baladas e pool parties. Pelos salões geralmente não são servidas bebidas alcoólicas, também.
Os materiais promocionais de turismo (site, guia e mapas oficiais) e os próprios sites dos hotéis não mencionam os cassinos, mas eles estão lá! É só seguir o endereço do hotel.
(A Bóia se antecipa às perguntas e manda avisar que o cassino de 007 – Operação Skyfall, supostamente filmado em Macau, não existe fora dos cinemas.)
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Como chegar
Os ferries da TurboJET fazem saídas da ilha de Hong Kong e de Kowloon e aportam na península de Macau. São a melhor opção para quem quer explorar, em primeiro lugar, o centro histórico.
Os ferries da CotaiJet saem também da ilha de Hong Kong e de Kowloon, mas aportam na ilha de Taipa. Por isso, são a melhor escolha para quem preferir passar o dia nos cassinos da Cotai Strip.
Não há problemas em ir com uma companhia e voltar com outra; se preferir, dá para chegar por Macau e sair por Taipa, inclusive. As passagens podem ser compradas no mesmo dia.
É preciso chegar com 30 minutos de antecedência à viagem para fazer os trâmites de imigração, e levar o passaporte.
– De Hong Kong para Macau: os ferries TurboJET partem do terminal marítimo no Shun Tak Centre, estação Sheung Wan do metrô. Há saídas o dia inteiro, a cada 15 minutos. Durante a madrugada, os horários são mais espaçados. O bilhete na classe econômica custa de HK$ 159 a HK$ 195, de acordo com o dia da semana e o horário. Veja a tabela completa de horários e preços aqui.
– De Macau para Hong Kong: os ferries TurboJET saem do terminal marítimo de Macau. Há saídas o dia inteiro, a cada 15 minutos. Durante a madrugada, os horários são mais espaçados. O bilhete na classe econômica custa de HK$ 148 a HK$ 184, de acordo com o dia da semana e o horário. Veja a tabela completa de horários e preços aqui.
– De Kowloon para Macau: os ferries TurboJET partem do terminal marítimo China Ferry, em Tsim Sha Tsui, estação Tsim Sha Tsui do metrô. Há saídas de 7h às 22h30, a cada meia hora. O bilhete na classe econômica custa de HK$ 159 a HK$ 196, de acordo com o dia da semana e o horário. Veja a tabela completa de horários e preços aqui.
– De Macau para Kowloon: os ferries TurboJET partem do terminal marítimo de Macau. Há saídas de 7h às 22h30, a cada meia hora. O bilhete na classe econômica custa de HK$ 148 a HK$ 184, de acordo com o dia da semana e o horário. Veja a tabela completa de horários e preços aqui.
– De Hong Kong para Taipa: os ferries Cotaijet partem do terminal marítimo no Shun Tak Centre, estação Sheung Wan do metrô. Há saídas entre 6h30 e 23h59, em intervalos irregulares. O bilhete na classe econômica custa de HK$ 160 a HK$ 196, de acordo com o dia da semana e o horário. Veja a tabela completa de horários e preços aqui.
– De Taipa para Hong Kong: os ferries Cotaijet partem do terminal marítimo de Taipa. Há saídas entre 7h e 3h, em intervalos irregulares. O bilhete na classe econômica custa de MOP$ 149 a MOP$ 185, de acordo com o dia da semana e o horário. Veja a tabela completa de horários e preços aqui.
– De Kowloon para Taipa: os ferries Cotaijet partem do terminal marítimo China Ferry, em Tsim Sha Tsui, estação Tsim Sha Tsui do metrô. Há saídas às 8h, 9h, 11h, 12h e 13h30. O bilhete na classe econômica custa de HK$ 160 a HK$ 196, de acordo com o dia da semana e o horário. Veja a tabela completa de horários e preços aqui.
– De Taipa para Kowloon: o ferry Cotaijet parte do terminal marítimo de Taipa às 17h30. O bilhete na classe econômica custa de MOP$ 149 a MOP$ 185, de acordo com o dia da semana. Veja a tabela completa de preços aqui.
Mariana viajou a convite do Hong Kong Tourism Board e da Edelman Significa.
(Transcrito manualmente de um post publicado em maio de 2013. Pedimos desculpas pelos comentários que não puderam ser transferidos)
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5 comentários
Precisa do visto chines para fazer o trajeto hong Kong ate macau ?
Olá, Erick! Não.
Pegando carona nesse post completo, deixo o link da minha visita (que ocorreu em nov/13) mas relatei recentemente lá no blog!
https://www.proximatrip.com.br/china/hong-kong/roteiro-de-1-dia-em-macau-com-dicas-do-centro-histrico-e-cotai-strip-regio-dos-cassinos/
Estive em Macau no mês de Novembro de 2014 e fiquei impressionada com a beleza da cidade, tudo muito limpo,organizado e os cassinos maravilhosos. Tenho uma amiga que trabalha com a companhia de Franco Dragone e tive a oportunidade de assistir aos espetáculos The House of Dancing Water e Taboo e garanto a todos que vale a pena ir a Macau só para vê-los. Quanto à hospedagem fiquei no hotel 5footwayinn Ponte 16 próximo ao centro histórico, ele é muito bem localizado em frente ao Sofitel só que com preços muito mais em conta e os serviços foram muito bons, super recomendo.