Vai pra Machu Picchu? Durma em Aguas Calientes!

O povoado de Aguas Calientes é a última parada antes de se prosseguir, montanha acima, a Machu Picchu. Lá fica a estação que recebe os trens e os muitos turistas vindos de Poroy, Urubamba e Ollantaytambo. Margeada pelo rio Urubamba e rodeada pelos Andes, Aguas Calientes muitas vezes é dada como sem-gracinha, especialmente por quem já chega de alguns dias de Cusco. Posso discordar?
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Também conhecida por Machu Picchu Pueblo, Aguas Calientes tem sim o seu charme. É uma cidadezinha humilde, com vielas cheias de pequenos restaurantes, lojas, albergues e pousadinhas, onde se vê um vai-e-vem e um entra-e-sai de gente do mundo inteiro.

Oquei, os preços são para turista. Mas relevemos: o lugar é tão remoto que o único acesso para lá é em trilhos, e a cidade se sustenta do turismo, mesmo.

Além do mais, o cenário é lindo, lindo.

Mas não é pela natureza e nem pelo charme pitoresco do povoado que você deve passar mais tempo em Aguas Calientes. Pernoitar pelo menos um dia por ali é a melhor estratégia para visitar Machu Picchu.

Todos os dias, Machu Picchu recebe milhares de visitantes. A maioria deles vai conhecer o parque em esquema de bate-volta, vindo de Cusco e voltando para lá no mesmo dia. Esse é o modo mais barato e mais rápido de ir a Machu Picchu, mas também o menos proveitoso.

Podendo investir uma graninha a mais, durma em Aguas Calientes. Ficar ali na noite anterior ao passeio significa poder visitar Machu Picchu mais descansado, e ter a chance de chegar ao parque antes da massa de gente que vem de Cusco.

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(Para isso, pegue o ônibus que sai do povoado até as 7h30, para poder entrar no parque até as 8h. Quanto mais cedo, melhor – os ônibus começam a circular entre 5h e 5h30.)

• Machu Picchu: quando ir, como chegar, como visitar

Viajamos a Machu Picchu a convite do Sumaq Machu Picchu Hotel, um dos mais bacanões da região. Nas avaliações do Booking, o Sumaq está hoje alguns décimos abaixo do Inkaterra Machu Picchu Pueblo, mas outros décimos acima do Belmond Sanctuary Lodge – ou seja, um hotel familiar bastante bem cotado entre os dois maiores hotéis “de grife” dali.

O Sumaq fica na parte mais baixa da Avenida Hermanos Ayar, que bordeja o rio Urubamba.

Quem escolhe ficar nas junior suites ou nas Sumaq suites tem o privilégio da vista e da trilha sonora. Que delícia o som que esse rio faz.

O hotel está em remodelação. O lobby já revela o que será o Sumaq em um ano. A decoração, que hoje é rústica e um pouco datada, vai dar lugar a um estilo, digamos, andino-chic:

Mesmo agora, é um hotel muito confortável.

O forte do Sumaq está na cozinha. A equipe é toda dos arredores de Machu Picchu, bem como muitos dos ingredientes.

O hotel funciona em regime de meia-pensão, com almoços ou jantares a la carte.

Pratos locais como a pachamanca e o ceviche ganham novas versões e são cuidadosamente apresentados.

À mesa e nas demonstrações de culinária, somos apresentados a ingredientes nativos como as batatas de muitas cores e formatos, os grãos gigantescos de choclo, o frescor do huacatay.

Do bar saem sucos coloridíssimos de boas-vindas e, além do pisco sour, os levinhos chilcanos – uma resposta peruana ao mojito.

Nossas refeições ali foram tão boas quanto aquelas que fizemos em Lima e em Cusco.

O hotel celebra outras tradições andinas, além da culinária. Os hóspedes podem fazer aulas do idioma quechua, participar de uma cerimônia de oferenda à Pacha Mama (a Mãe Terra), ou ter um casamento celebrado por um verdadeiro xamã. No spa, são oferecidas massagens com pedras andinas, além de outros tratamentos.

É um hotel de localização extraordinária, integrado à comunidade e com um atendimento muito carinhoso. Não foi difícil se sentir parte dali, também.

Mariana viajou a convite da TAM Linhas Aéreas e do Sumaq Machu Picchu Hotel.

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