Dicas práticas: Vail para viagem
Agora que você viu que Vail não é um destino apenas para esquiadores experientes, fique sabendo que chegar é mais fácil do que se supõe.
–> Como chegar
O desembarque mais próximo de Vail é pelo aeroporto de Eagle, a 56 km. No inverno o aeroporto é servido por vôos diretos de vários aeroportos que operam rotas para o Brasil, como Atlanta, Chicago, Dallas, Houston, Miami, Nova York e Newark.
(O aeroporto de Denver, a 177 km, também é uma opção, o ano inteiro, com conexões superfreqüentes de/para qualquer canto dos Estados Unidos.)
Empresas como a Colorado Mountain Express oferecem shuttle do aeroporto de Eagle até Vail. A viagem dura cerca de 30 minutos e vale a pena fazer a reserva online.
–> Como se locomover
Alugar carro só é recomendável para quem está acostumado a dirigir na neve. No mínimo você precisa estar ciente de que vai precisar usar cautela e bom senso.
Não é preciso alugar carro. Além do serviço de shuttle de/para o aeroporto, Vail ferece um ônibus gratuito que circula por toda a cidade. Rápido e eficiente, é uma baita mão na roda. (Sem contar que determinados hotéis também põem à disposição dos hóspedes seus próprios shuttles). Diferentes linhas de ônibus também levam os turistas até as outras estações de esqui da região. Nos vilarejos, tudo é muito próximo e os restaurantes, bares e lojinhas estão sempre a uma pequena caminhada de distância.
–> Onde ficar (ou: luxo em família)
Nem só de hotéis de luxo vive a região de Vail — é possível encontrar boas ofertas em hotéis básicos (dê uma olhadinha aqui). O real valorizado, porém, justifica cacifar a experiência completa.
Entre os hotéis mais estrelados estão Four Seasons, The Lodge at Vail, The Arabelle, Marriott e o Ritz-Carlton. Alguns deles oferecem flats que acomodam confortavelmente famílias ou grupos de amigos.
É o caso do Ritz-Carlton. Fiquei hospedada em um apartamento com 4 quartos, uma ótima cozinha para preparar o café da manhã ou outras refeições e uma sala com varanda integrada e vista para uma das pistas de Vail.
Fora do apartamento pude proveitar a loja de aluguel de equipamentos que fica ao lado, o shuttle próprio do hotel para diferentes pontos das vilas, o valet de esqui (adorei os funcionários bem educado,s que nos ajudavam até a calçar nossas destrambelhadas botas!), as piscinas aquecidas e um atendimento à altura da fama da rede.
–> Comer & beber
Na hora do almoço, o ideal é estar o mais perto possível das pistas.
Uma ótima novidade é o recém-inaugurado The 10th, que fica no meio da Vail Mountain. Há um espaço especial para deixar seus casacos e trocar suas pesadas botas de esqui por confortáveis pantufas — muito fofo! O ambiente é aconchegante e faz com que você queira passar um tempão só observando a movimentação das pistas que cercam o restaurante.
Para o inevitável après-ski — a.k.a happy-hour depois do esqui — o restaurante The Tavern, do hotel Arabelle, em Lionshead, é uma bela pedida. Em todos os fins de tarde que passei por ali, estava lotado. Atente que “fim de tarde” é força de expressão : como a maioria dos meios de elevação fecha às 15h30 (não vá perder a hora, senão vai ter que descer esquiando!), o fim de tarde ocorre no meio da tarde 😀 .
Para um jantar especial, recomendo sem pestanejar o resturante do chiquerrérrimo hotel Four Seasons. Minha terrine de porco, apesar de diminuta, estava deliciosa. Além disso, os enoaficionados que me acompanharam no jantar elogiaram a carta de vinhos do restaurante.
Querendo dar um tempo no climão rústico de montanha, o Larkspur tem um toque moderno tanto no ambiente quanto no cardápio. Na dúvida, chame pela Natalia, uma simpática brasileira da equipe, que tem sempre uma boa sugestão. Aprovei com louvor o rib eye, um prato cheio (literalmente) para quem aprecia uma boa carne, que dá até para dividir. Um beijo especial pra você, leitor, para a minha mãe e especialmente para o suflê de chocolate do Larkspur.
Agora pense na experiência de andar de gôndola (= superteleférico) à noite, observando toda a cidade iluminada a se afastar lentamente, emendando em seguida com um tour de snowcat (aqueles caminhõezinhos que acertam a neve nas pistas) — e você terá a fórmula do sucesso. Pois esta é a logística para chegar até o Game Creek, um restaurante quase no topo da montanha, aberto para o público geral apenas no jantar. Pena que comigo não foi tão bem-sucedido assim. Minha carne, que deveria vir ao ponto, estava com gosto de carvão por fora e gelada por dentro e a sobremesa tinha gosto de sorvete de supermercado. Azar de Bóia de primeira viagem?
E para um jantar superdescontraído bem no centrinho de Vail Village, sugiro o Bol, um restaurante com jeitão de sports bar — tipo: TVs transmitindo a programação esportiva do momento — e várias pistas de boliche. Vale também reservar com antecedência, porque a galera adora se reunir por ali. Mas não se anime muito, pois a baladinha/matinê fecha cedo, por volta das 11 da noite — afinal todo mundo precisa descansar para mais um dia de altas aventuras na neve, não é mesmo?
–> As palavrinhas mágicas: Compras e Outlet
A 30 minutos de Vail fica o outlet de Silverthorne, que proporciona um festim comprahólico para quem procura Nike, Polo, GAP, Banana Republic, Coach, Tommy Hilfiger, Calvin Klein e Levi’s, entre outros nomes carimbados (não, não tem lojas exclusivas de Abercrombie & Fitch nem de Hollister). Passe no atendimento ao cliente e pergunte se eles têm cupons de desconto extra, tipo a promoção da promoção.
Outra dica bacana para quem procura bons casacos de frio é consultar as ofertas da Columbia. A loja oferece bons descontos para roupas térmicas mais esportivas. Mulheres de tamanho petit devem dar uma olhadinha na sessão infantil, lá encontrei casacos grandes e discretos por inacreditáveis 20 dólares.
O outlet também oferece serviço de shuttle (20 dólares) saindo de Vail, portanto você não precisa se preocupar em alugar carro nem no dia das compras. Na Vail Village existem inúmeras lojinhas de roupas de frio, inclusive uma The North Face, sem os precinhos mais camaradas do outlet, claro.
–> Vail no verão
No verão, toda essa paisagem branquinha é substituída por montanhas cobertas por diferentes tons de verde. E as atividades na neve são substituídas por uma programação mais adequada à estação, incluindo trekking, biking, passeios a cavalo, fly-fishing, rafting, golf e passeios de balão.
Essa é uma ótima época para descolar boas tarifas nos hotéis mais bacanas, já que eles costumam lançar promoções especiais para essa época do ano. Ótima desculpa para desfrutar os restaurantes legais da região e curtir um relax.
Natalie Soares viajou a convite da Vail Resorts.
Leia também:
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10 comentários
Dez.2018, passei 40 dias no Colorado. Conheci muitos parques, museus e adorei Denver, Vail e Kesystone. valeu os dollares gastos.
Olá!
Estou planejando minhas próximas férias para lá, em fevereiro de 2014.
Sou do RJ e gostaria de saber se você poderia me indicar alguma agência de viagens.
Muito obrigada!
Abs!
Olá . Desculpe nao entendi . Do aeroporto de eagle tem ônibus para vail ?
Nao precisa alugar carro? Nem pra ir pra aspen ? Qual melhor época ( mais barata e sem
Movimento para esquiar) obrigado
Acabei de descobrir que outra pessoa como eu não gosta de destinos frios, Carla2 rrsrs Mas que um relato tão bem escrito como esse me deu vontade, me deu….
Curti muito Vail quando fui (abril do ano passado) e me falaram tanto sobre como é bacana o destino no verão que fiquei até com vontade de voltar. Mas os outlets eu, honestamente, não curti, não; achei cada bloco de lojas muito afastado um do outro, as lojas pequenas e os corredores e infra bem, bem fraquinhos. Mas chiquérrima essa Boinha hospedada no Ritz Carlton e comendo só em restaurantes novinhos e hypadinhos, hein? Arrasou 😉
D. Bóia,
Relato completíssimo! 😀
Não viajo para fazer compras, mas as palavras “compras e outlet” chamaram a minha atenção: um casaco Columbia por um bom preço não seria mal!
Adorei o relato, e mesmo não gostando de destinos frios, fiquei até com vontade de ir :). Duvida: a senhora esquiou, Da. Bóia? Como foi?
Que sonho! Essa dica é muito tentadora! Pode arrumar as malas e ir agora? Vou para Dubai, India e Tailândia na segunda de carnaval e dá vontade de mudar o destino!
Oi Bóia
Viagem em grande estilo no Ritz, hein? Nós ficamos num hotel mais simples, o Austria Haus, adoramos! Apesar do real “cacifado”, Vail é um destino muito caro, na alta temporada nem se fala! Quantos aos restaurantes, achamos todos muito bons, gastronomia sem dúvida é um dos pontos fortes do lugar. Que aliás, é lindíssimo!
Abraço!
Eu estou começando a acreditar que inveja mata. Hotel show, fotos lindas, relato mais do que bem relatado. Parabéns, boia.