Punta Cana: como são o Paradisus Palma Real e o The Reserve
No meu quinto dia de Punta Cana, me mudei para o terceiro resort da viagem. Desta vez testaria o mais luxuoso dos resortões, o Paradisus Palma Real, na praia de Bávaro.
O Paradisus é a marca top-de-linha do grupo Sol Meliá. Em Punta Cana funciona em dois endereços — tem o Paradisus Punta Cana em Arena Gorda, e o Paradisus Palma Real em Bávaro, colado justamente ao Meliá Tropical. Como que eu sei que o Paradisus Palma Real é mais metido que o Paradisus Punta Cana? Porque é o único que pertence à Leading Hotels of the World, uma associação de hotelões que se acham.
Numa coisa o Palma Real é igual aos resorts classe média: para ter acesso ao hotel inteiro e ter preferência nas reservas de restaurantes, é preciso ser vip. No Palma Real dá pra ser vip de duas maneiras: reservando uma das suítes Royal Service (para maiores de 18 anos), ou cacifando o The Reserve, um anexo calminho que é destinado a famílias. No dia em que fiz a reserva tinha uma suíte no The Reserve por menos de US$ 400; fui nela. (O Royal Service estava mais de US$ 600.)
E não é que eles estavam me esperando?
No check-in, ganhei minha pulseirinha mágica e fui acompanhado até o quarto por uma concierge que foi me explicando o funcionamento do hotel e os restaurantes. Minhas malas chegaram em seguida. E já saí correndo para fuçar tudo.Quem fica no The Reserve pode usufruir de todos os serviços do Paradisus Palma Real, então aproveitei para testar os dois hotéis numa noite só.
Minha avaliação:
Localização. A menos de meia hora do aeroporto, na praia de Bávaro, que é o filé mignon das praias de Punta Cana. É vizinho de condomínio do Meliá Caribe Tropical.
Quarto. Minha suíte no The Reserve era moderna e confortabilíssima. Uma LCD enorme na sala, cozinha equipada, jacuzzi na varanda, banheiro super-espaçoso.
Layout do resort. A palavra que me veio à mente quando entrei no lobby principal do Paradisus Palma Real foi — Dubai!!! Tudo grande, opulento, dourado. A vida social se dá em torno de um pátio cheio de fontes. Por ali ficam os restaurantes, a discoteca, o cassino, o teatro. Os apartamentos ficam em blocos separados da sede.
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Já o The Reserve, onde me hospedei, é um anexo do Paradisus Palma Real que fica nos fundos do terreno. A decoração é bem mais interessante do que a do resort-mãe: você se sente num hotel-design, só que grandalhão. É possível chegar aos apartamentos por dentro do prédio, todas as alas são interligadas.
O spa do complexo fica na área do The Reserve.
Em compensação, para ir ao Paradisus Palma Real é preciso pegar um carrinho de golfe — ou chegar suado depois de uma caminhadinha de pouco mais de cinco minutos na umidade de 95%. Para ir à praia também é um saquinho — ou você espera o carro de golfe, ou vai caminhando. Nessas horas a gente não se sente chique não.
Ao lado da entrada do condomínio tem um shopping, o único de Punta Cana a merecer esse nome: é o Palma Real Shopping Village, com lojas de grife (Diesel, por exemplo), um Hard Rock Café e até cinemas. É aberto ao público (a entrada geral é pela estrada), mas quem está no complexo Meliá-Paradisus Palma Real entra pelos fundos.
Piscinas. Inúmeras. No Paradisus Palma Real há uma exclusiva para quem está nas suítes do Royal Service, com cabanas. No The Reserve existe uma especial para crianças, com brinquedões coloridos.
Mas o que me chamou mais a atenção foram as espreguiçadeiras iradas 😯
Praia. Calminha, rasinha, areia branquinha — apesar de tantos inhos, é uma praia superlativa. Infelizmente faltou iluminação para fazer uma foto que lhe fizesse justiça.
Durante o dia em que estive por ali, o sol só foi sair quando eu estava a meia hora de distância, num trecho deserto de praia logo depois do Barceló Bávaro Palace Deluxe. Não foi um sol daqueles superescancarados (o tempo continuava carregado, com uma névoa que não deixava a luz brilhar como devia), mas dá para ter uma idéia:
Os hóspedes do The Reserve (e também do Royal Service do Paradisus Palma Real) têm uma praia exclusiva no canto esquerdo, a Gabi Beach. Quem tem certificação PADI pode fazer mergulho de garrafa grátis.
Comida. Se você está acostumado a comer em ótimos restaurantes, não vai achar nada demais. Mas se você comparar com a comida dos resorts mais democráticos — uau.
Ingredientes de primeira, apresentação classuda. No restaurante Bana Bistro comi um curry verde de frutos do mar bem decente (com satês de frango de entrada, bem feitinhos).
Nos buffets você não se sente num bandejãozão. Até porque o público não se comporta como público de bandejão…
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Bebidas. Destilados de primeira. Vodkas Absolut (no bloody mary usaram Absolut Peppar), uísque 12 anos (pedi um Red Label e o barman insistiu que eu levasse um Black Label). Vinhos OK: espumante californiano no bar, tinto chileno no jantar. Consegui experimentar tudo isso e não acordar de ressaca…
Atendimento. Eficiente mas discreto. Não exageradamente efusivo — pelo menos nesse dia, e para comigo.
Público. Bem mais comportado do que nos resorts anteriores em que estive. Sem dúvida parece ter comprado a idéia de que estão num hotel de luxo que por acaso é all-inclusive. Europeus, russos, americanos. Ouvi português do Brasil na praia do Meliá ao lado.
No Brasil seria o quê? Não temos nada parecido. Se o Transamérica Comandatuba fosse construído hoje, talvez quisesse ser assim.
Atenção. Este relato é sobre o Paradisus Palma Real, na praia de Bávaro. Não visitei o Paradisus Punta Cana, que fica em outro ponto da costa.
Você ficou em algum dos Paradisus? Conte pra gente a sua experiência…
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596 comentários
Na próxima geração eu quero nascer Ricardo Freire… Pra ser “obrigada” a fazer esse tipo de viagem. Ai, ai! 🙂
Pô, Carmem! Eu também! E quero o mesmo talento para escrever tão bem de forma absolutamente clara.
É… não tivemos o privilégio ($$$) de ficar no Paradisus, e sim no vizinho Melia Caribe Tropical.
Passeando pela praia, víamos os classudos do Paradisus aproveitando ! Nós tb aproveitamos muito, mas dava pra ver diferenças de nível mesmo. Os americanos gordos se enchendo de tortillas e hamburguers as 10:00 da manha. Sem classe total !
Eu nunca fiquei num Paradisus, mas gostaria de ficar… Vai para a listinha.
Acho que só assim encaro um resortão. E, pelo preço, acho que não vai ser tão cedo! 🙂
Me tira uma dúvida: o que é mergulho de garrafa?
Scuba diving. Mergulho de mergulhador, com tubo de oxigênio (garrafa).
Obrigada, Riq. Aqui na Bahia conheço como mergulho de cilindro! 😉 Nome esquisito do mesmo jeito, rsrs.
Cilindro, claro. E é mais bonito do que de garrafa, concordo!
Sensacional! O único porém são as tais das opções que se tem de fazer na vida: 30 dias por ano e orçamento fixo para viajar, acaba-se optando por outras coisas… Mas me deu muita vontade de experimentar! Bjos!
O ultimo dia não seria no Natura Park?
Estive um dia no Natura, sim. Mas não vou gastar um post com ele não. Achei simpático, mas está muuuuuito abaixo das expectativas de um brasileiro que vai pro exterior. Teria sido bem mais proveitoso ficar num top não tão top quanto este em que fiquei.
O próximo post vai ser um “Como escolher seu hotel em Punta Cana”.
ok,vamos aguardar o proximo post.
obrigada
Adorei o Blog e aproveito para indicar a Pousada Praia da Ribeira Clube em Angra dos Reis
Que hotel mais suntuoso e que luxo de praia! Adorei! Eu quero ir a uma praia assim. Pode?
Lástima do tempo em Punta Cana. Quando eu era em RD o tempo foi OK.
Infelizmente,eu não fiquei em um Paradisus, nunca jamais, mas sim em um Gran Meliá em Cuba e em Porto Rico. Gostei deles (em Cuba não gostei da comida, mais o Hotel em Cayo Santa María era estupendo e a praia um verdadeiro sonho)
Claro como a cor desse mar: Vodka Absolut Peppar pra fazer Bloody Mary!
Tenho uma garrafa dessas apodrecendo no meu bar e sou louco por Blood Mary.
Deus lhe pague, Riq 🙂
Vou rezar uma novena pra você por essa dica 🙂
Mais um “trabalho” no tradicional padrão “Riq freire”, com o qual estamos mal acostumados. De graça, recebemos uma reportagem(que termo mais datado, não?) completa, que esgota o assunto. Comentar o quê? Apenas apreciar o talento de nosso travel guru.