Vai por mim: Tulum
A duas horas de carro — por estrada duplicada — de Cancún, Tulum sempre esteve no menu turístico da península de Yucatán. Ficam aqui as ruínas mais fotogênicas do México: pequenos templos e casas de patrícios de uma importante cidade portuária maia, que podem ser fotografados contra a água azul-bebê do Caribe.
Para bons entendendores, porém, a praia que fica à direita do Castelo (o mais importante dos edifícios do sítio arqueológico) serve como trailer para o que vem depois.
Pois aconteceu que, nos últimos anos, alguns dos que vieram até aqui por causa das ruínas acabaram ficando — mas por causa das praias, do sossego e da falta de infra-estrutura.
Ao sul das ruínas começa uma praia que se estende por mais de 20 km, até o santuário ecológico de Sian Ka’an, uma reserva ambiental protegida.
A rede elétrica não chega à beira-mar — mas isso não impediu que fosse ocupada por hoteizinhos pequenos, alguns deles bem charmosos (outros apenas fuleiríssimos), que se intitulam “eco” e, em vez de ar condicionado ou TV, oferecem… ioga.
A energia é de gerador (a combustível ou eólico) e a água nem sempre é quente (pelo menos não pelas 24 horas).
Ou seja: se Playa del Carmen é a Arraial d’Ajuda de Cancún, então Tulum seria uma mistura de Praia do Espelho (pela beleza da praia e pelo tipo de ocupação), Caraíva (da época que não tinha luz) e Trancoso (pelo tipo de público).
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Mesmo sem infra, os bangalôs chegam a custar mais de 200 dólares na alta temporada (15 de dezembro a 31 de janeiro); fora dela, dá para conseguir belos descontos. (Nesse momen
to, de baixíssima temporada atrapalhada ainda mais pela gripe suína e pela crise americana, dá para descolar um bangalozito charmoso até por 100 doletas.)
A praia é sensacional para caminhar — parece um dos nossos praiões da Bahia, só que com o mar do Caribe.
Eu evitaria os hotéis da praia Paraíso, que fica perto das ruínas e consegue ficar farofada mesmo agora nessa baixa (um hotel badalado nesse trecho é o Mezzanine). Tampouco ficaria no trecho da praia em que as pedras formam enseadinhas, por não haver espaço para caminhar (o destaque dessa zona é o Zamas).
O melhor trecho começa no km 5, quando a praia se torna totalmente livre e desimpedida. Por ali você deve fazer cotações entre o Zulúm, o La Zebra, o Ocho (o bar de praia mais bochinchado), o Azúcar e o Amansala. Fazendo questão de bangalôs de alvenaria, fique entre o Ana y José e a ala nova (“Corazón”) do Nueva Vida de Ramiro.
Quem quiser ar condicionado e água quente o dia inteiro pode ficar na cidade — um povoado bem pobrinho — e ir de carro, táxi ou bicicleta à praia (que fica a 5 km). O hotel mais bacaninha é o Hotel Latino; eu fiquei no Don Diego de la Selva, que é simpático. Ambos são boas opções para mãos-fechadas
Montar base em Tulum não é bom apenas para curtir uns dias de praia, praia e mais praia; dá para fazer um passeio de canoa pela reserva de Sian Ka’an, ir às ruínas de Cobá (50 km) e mergulhar em cenotes.
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Comentários
O post parece realmente desatualizado. Tulum se tornou um destino caríssimo, tem engarrafamento na zona hoteleira, muitos beach clubs badalados e filiais de restaurantes de Cancún. A vibe no pueblo é mais leve, mas é quase outra cidade em comparação com a zona hoteleira. As ruínas continuam lindas e o acesso agora é por um parque nacional (Parque Nacional del Jaguar). Playa esta badaladíssima e a quinta avenida lotada. O sargaço é mesmo um problema em muitas praias da região, voce nunca sabe como
vão estar. Demos sorte em Xpu-ha e azar em Akumal. Uma pena. Visitamos a região em 1999 e novamente agora, em 2025. Completa transformação rumo a um turismo de massa impulsionado pelo público norte-americano. Dito isso, o México continua encantando, pela cultura, arqueologia, comida. Valladolid é uma joia colonial que vale a visita a Yucatán. Ricardo, seria ótimo se você pudesse atualizar o post e incluir a data da última atualização no blog!