Como furar a fila legalmente em locais como o Vaticano

Como furar fila (legalmente) na Europa e Nova York

Só existe uma coisa pior do que ficar horas na fila para entrar num museu ou subir a um mirante: saber que outros turistas como você conseguem entrar sem filas (e muitas vezes pagando a mesma coisa ou até menos). Existem várias maneiras perfeitamente legais de furar a fila em alguns dos lugares mais concorridos do planeta. Aqui vai uma listinha atualizada dos atalhos:

Como furar a fila legalmente em locais como o Vaticano

Paris e Versalhes

Sua arma em Paris para furar fila no Louvre, no Quai d’Orsay e no Palácio de Versalhes se chama Paris Museum Pass. É vendido online e em vários pontos de vendas, custa entre €62 e €92, e dá direito a 2, 4 ou 6 dias consecutivos de acesso a praticamente todos os museus importantes, com entradas exclusivas e sem filas nos mais disputados (em Versalhes a fila da bilheteria chega a duas horas; você pula essa, mas ainda precisa passar pela fila do raio-X).

É possível também comprar ingresso para a Torre Eiffel pela internet. Há lotes com hora marcada disponíveis na bilheteria online, tanto para o segundo andar quanto para o topo.

Roma

Compre o Roma Pass, vendido por €32 (versão de 48 horas) e €52 (versão de 3 dias) nos postos de turismo. Com ele você entra no Coliseu sem passar pela bilheteria, que costuma ter filas longuíssimas. As piores filas de Roma, porém, estão no Vaticano – mas podem ser evitadas se você comprar seu ingresso com antecedência no site oficial; o ingresso custa €20, e a taxa de reserva, €5.

Florença e Pisa

Use a bilheteria online dos museus de Florença para não passar mais tempo na fila do que dentro dos museus. Tanto a Galleria Uffizi quanto a Accademia vendem ingressos online. O ingresso da Uffizi custa €30; da Accademia, €17. Há uma taxa de reserva de €4 por ingresso.

A Torre de Pisa também vende parte dos ingressos com antecedência pela internet; custa €27.

Milão

Não há filas intermináveis para ver a Última Ceia de Leonardo da Vinci em Milão, simplesmente porque todos os ingressos são vendidos pelo Cenacolo Vinciano. Programe-se com antecedência: o site avisa quando as entradas de cada par de meses começam a ser vendidas. O ingresso custa €15, mais €2 de taxa de reserva (a reserva online é obrigatória mesmo para o primeiro domingo de cada mês, quando a entrada é livre).

Caso você perca o lote à venda online, pode tentar por telefone — a gente explica como aqui.

Granada

A Alhambra pode ser o ponto alto de sua viagem à Andaluzia – isto é, caso você consiga entrar, porque o número de visitantes é limitado por dia. É preciso reservar um turno para a visita e ver os palácios Nazaríes.

Berlim

É seu estilo de viagem que vai definir qual o melhor passe turístico em uma viagem à Berlim. As opções são simples de usar, sem pegadinhas. O Berlin WelcomeCard tem versões que variam em duração e área de abrangência e inclui transporte público ilimitado e desconto em atrações (o de 72 horas, incluindo as zonas ABC, custa 57 euros). O Berlin CityTour Card é semelhante, mas pode ter ainda melhor custo benefício para quem não se importa muito com museus. Sai por 37,80 euros o bilhete de 72 horas incluindo as zonas ABC. Com mais dias, vale pensar no Berlin Museum Pass, que custa 32 euros.

A visita ao Bundestag, o Parlamento Alemão, que costumava formar filas imensas, tem reserva com hora marcada obrigatória, e só pode ser feita online. A confirmação vem por email e a visita continua gratuita.

Lisboa

Lisboa oferece opções tanto para quem vai conhecer os pontos turísticos por dentro quanto para quem só quer andar pela cidade usando os autocarros, eléctricos e metrô. O Lisboa Card tem uso ilimitado do transporte público e entrada gratuita e sem fila em vários monumentos importantes, como o Mosteiro dos Jerônimos e o Arco da Rua Augusta (além de descontos em diversos outros), ajudando a ganhar tempo e euros para comer mais pastéis de Belém. O passe de 24 horas custa €27; o de 48 horas, €44 e o de 72 horas, €54 (o mais recomendável).

Viena

As duas opções de passes para quem visita Viena – o Vienna Card (que sai por €17 a versão de 24 horas, € 25 a de 48 horas e € 29 a de 72 horas) e o Sisi Ticket (que custa € 49) – são interessantes em economia para os turistas. Para fugir da fila dos palácios Hofburg e do Schönbrunn, mas ainda precisar de um passe para circular de transporte público pela cidade, aposte no Sisi Ticket. Já o Vienna Card tem transporte ilimitado e vários pequenos descontos em museus, atrações e lojas.

Amsterdã

Eu gostei muito de usar o passe I Amsterdam City Card, mas ele não poupa você de passar pela bilheteria (é o bilheteiro que passa o cartão magnético pelo leitor e imprime a sua entrada). Caso você não use o passe, então vale a pena comprar ingresso para o museu Van Gogh online; custa €22. De todo modo, a atração com a maior fila de Amsterdã, a Casa-Museu de Anne Frank, não está coberta pelo passe; para não passar pelo menos uma hora na fila, compre seu ingresso pela rede com alguns dias de antecedência; sai €16 mais taxa de reserva de €1.

Londres

A melhor coisa dos lerês de Londres é que todos, todos, todos os museus têm visitas grátis (há urnas para fazer doações, mas nada obrigatório). E por incrível que pareça, o efeito colateral disto é que — não há filas para nenhuma exibição permanente, vai entender. É chegar e entrar.

Agora a má notícia: tudo o que não é grátis é bastante caro, e em libras. E algumas dessas atrações bastante caras em libras também vêm com extensas filas. Para subir à (“voar na”) roda gigante LondonEye, compre o ingresso (“cartão de embarque”) com antecedência; por £29 você vai direto para a fila normal de embarque (sem passar pela bilheteria, e já no horário do seu “voo”), e por £57 você pega a “fast track”, uma fila expressa vip. Se você vai com crianças, pode comprar um pacote combinando a roda gigante com o Aquário (que fica em frente), o museu de cera de Madame Tusseau, o London Dungeon e outras atrações.

A outra fila enorme da cidade se posta em frente à Torre de Londres; ela pode ser evitada se você achar que vale a pena comprar um London Pass, que custa a partir de £114 conforme a quantidade de dias que oferece e dá direito a outras atrações, como Westminster e o Castelo de Windsor. (Faça as contas antes de comprar; este é um passe que só vale a pena se você fizer uma programação bastante intensa.)  

E se você for a Londres em agosto ou setembro, pode aproveitar para visitar os salões do Palácio de Buckingham, que só são abertos nesta época; reserve seu ingresso aqui, a partir de £32.

Atenas

O novo Museu da Acrópole já nasceu com ingressos com hora marcada pela internet. Segundo o Alessandro A., as filas não são grandes, mas não custa nada fazer sua reserva pela rede.

Nova York

Em Nova York, enfrentar as filas do Empire State tira boa parte da graça da visita. Uma das filas é inescapável: a da segurança. As outras são evitáveis: comprando online você não precisa passar pela bilheteria (preços dependem do dia e horário escolhidos); custa a partir de US$ 44 e você tem acesso ao deck principal (no 86º andar) e é poupado também da fila do elevador, , que costuma ser enorme. A partir de US$ 79 (ou US$ 120 para não pegar a fila do elevador), você tem acesso ao deck principal e ao observatório no 102º andar. Se você tiver sangue-frio turístico e quiser evitar totalmente a confusão do Empire State, pode ir a seu maior concorrente, o Top of the Rock, que não é tão alto mas proporciona uma vista linda do Central Park (e é o único mirante do qual se enxerga… o Empire State). O ingresso para entrar sem fila custa entre US$95 e US$105.

397 comentários

Primeiramente, queria agradecer a toda equipe pelo fantástico contéudo do site! Estão me ajudando demais a planejar minha viagem. Uma dúvida a respeito do “fura-fila”: quando se fala “fura-fila”, é para evitar somente a fila da bilheteria? Ou serve também para passar mais rápido pela fila de entrada da atração (fila de ingressos)?

Outra coisa: o “fura-fila” somente acontece comprando passes do tipo Roma Pass/Paris Museum Pass? Ou também acontece se eu comprar o ingresso individual pelo site oficial da atração ou por sites como GetYourGuide, Civitatis?

Muito obrigado!

    Olá, Rafael! Desde a pandemia a maioria das atrações vende ingressos com hora marcada. Se você não compra com antecedência, pode ficar sem ingresso.

Às vezes a economia sai caro, ou ainda, o estresse não compensa a economia.
O passe múltiplo para vários museus costuma custar mais do que os ingressos individuais, e o passe só começa a valer a pena se visitar a partir de três ou quatro museus diferentes. Então, quando comecei a usar o passe, fiquem num stress de pensar nos próximos museus que tinha de ir no mesmo dia ou no dia seguinte, sob pena de se não ir aos outros museus, o passe não terá sido aproveitado e não terá valido a pena.
Resultado, fui a mais museus do que teria ido, e paguei menos do que as entradas individuais, mas teria preferido a ir a menos museus pagando a tarifa comum de cada um.
A única vantagem pode ser fugir da fila.

Olá. Com relação à visitação do Museu do Vaticano e Capela Sistina, qual a diferença do ingresso vendido no site oficial a 24 euros e o parceiro de vocês (Musement) a 63 euros?
Obrigado e abraços

    Olá, Ailton! As vantagens dos tours de agências são duas. A primeira, é que oferecem a passagem pelo atalho do Vaticano à Capela Sistina — coisa que portadores de ingressos comuns não podem fazer. A segunda vantagem é oferecer o fura-fila em datas ou horários que já podem ter esgotado na bilheteria oficial.

    Há vários tours vendidos, com guia ou audioguia. Este passeio de 55 euros inclui guia. Este passeio de 36 euros inclui audioguia.

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